Two

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Pela manhã, Tae me pediu para acompanhá-lo até o shopping para comprar algumas roupas para si, mas assim que chegamos ele já foi na seção de calças, dizendo que iria me presentear.

— Prefere skinny preta ou napa preta? — me mostra duas calças.

— Hm... — iria abrir a boca para responder, mas Tae foi mais rápido.

— Napa. — joga a citada dentro da sacola. — Prefere regata ou t-shirt? — pergunta para si mesmo, e então joga as duas dentro da sacola. 

Mais duas horas se seguiram, e Tae nunca deixava eu decidir, já que ele pagou tudo. 

Voltamos para minha casa depois de comer cebola empanada com um copo de refrigerante. Ao chegarmos, ele fez questão de mostrar tudo para minha mãe, que opinava sobre as combinações de cada roupa.

Aqui estou eu, em plena terça-feira, nove e cinquenta da noite, me arrumando para ir à uma festa em vez de ficar em casa estudando.

— Ai, boceta! — meu amigo reclama pela décima vez. Toda vez que eu passo a chapinha em uma mecha do seu cabelo, queima o seu coro cabeludo.

— Desculpa — lhe dou um peteleco na testa. — Fica quieto, caralho!

Terminamos de fazer nossa beleza no rosto e chamamos um táxi. Fomos para sala e encontramos minha mãe sentada com as pernas cruzadas, com um vestido vermelho e colado.

— Que isso, hein, tia. — Tae bate palmas.

— Onde vai? — cruzo os braços.

— Vou na casa de uma amiga minha. — pisca de um olho e sorri maliciosa. — Não demorem e não morram! — abre a porta e se vai, simplesmente.

— Depois que ela se separou do seu pai e se assumiu, virou outra mulher. — concordo pelo esclarecimento do meu amigo.

Faz dois anos que não vou à uma festa, tinha esquecido de como é barulhenta e movimentada. As pessoas dançam, bebem, gritam; o caralho a quatro. Praticamente estou me sentindo um velho em um local de jovens, por mais que talvez eu seja mais novo do que muita gente aqui.

Taehyung abre os braços quando entra e suspira, como se estivesse exalando a felicidade por estar aqui. Faço uma careta e reviro os olhos, sorrindo em seguida.

Paramos em frente a uma espécie de um ser humano purpurina. Ele está com uma roupa bem colorida e brilhante, sendo o destaque do salão. A purpurina avista Tae e vem correndo, distribuindo um abraço de graça ao meu amigo, que retribui rindo.

— E aí, Jack — purpurina sorri e olha para mim. — Esse é o Jimin. — me puxa para cumprimentar o purpurina, este, que mantém a feição desconfiada, mas logo me abraça. Não sabia como retribuir então fiquei estancado no lugar.

— Nada de apresentações formais, o negocio é selinho. Aceita? — Jack se aproxima de mim.

— E-eu? — sorrio sem graça.

— Hum-Rum. — Jack faz um biquinho e eu olho para Tae, espantado. Meu amigo dá de ombros, como se fosse uma coisa normal do seu amigo pomposo. — 'Tô esperando, bê. — engulo um seco e junto nossa bocas. Tae grita, animado, e Jack se afasta. — Sua boca tem gosto de uva — ele lambe os lábios. — Se quiser repetir, é só me chamar. — pisca e se mistura na multidão.

— O que foi isso? — prendo o riso.

— Se acostume porque agora em diante você vai ter amigos mais loucos que eu. — Tae passa um braço por cima dos meus ombros, puxando-me para andar em direção ao bar.

— Mais? — ele me dá o dedo meio e eu rio.

Pedimos duas Pinã Colada. Enquanto esperávamos ser feita, balançávamos nossas cabeças no ritmo de uma batida eletrônica qualquer.

Single Rule • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora