Single Rule • jjk + pjm

Ten

❗CONTÉM GATILHOS❗

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— Ela acordou, Jimin. — abro os olhos em uma rapidez, logo capturando um par de olhos cinzas me encarando. Sento ao lado da menina, que suspira e abaixa a cabeça.

— Você disse que queria conversar comigo. — ela assente com a minha fala, mesmo que sereno, eu percebi e olho para Jungkook. — Estou aqui. Pode falar, não tenha medo. — Violeta olha para Jungkook, abatida.

— Oh, quer que eu saia? — ele pergunta, já se levantando. A menina assente, envergonhada. Encaro-o de soslaio. — Eu vou...Hm... Vou no mercado. — ele se embola com as palavras, arrancando um risinho meu. — Vou lá. — fita-me, esperando um confirmação. Assinto, sorrindo. Ele pega as chaves e a carteira em cima da estante e se vai.

— Pode falar quando estiver pronta. 

— Tudo bem... — anuncia baixinho, quase imperceptível. — M-Minha mãe... Ela — saem lágrimas dos seus olhos, ela as limpa, suspirando com os olhos fechados. 

— Calma, ela não pode te escutar aqui... — ela sorri sem mostrar os dentes. 

— Ela me espancou. — escapa um soluço de seus lábios, e eu puxo-a para um abraço, reconfortando-a. — Eu estava cansada de ter que ouvir ela falar barbaridades do senhor — de mim? Essa mulher não me esquece, acho que é por mim que ela é apaixonada. — E-Eu falei que ela tinha inveja de você.

— O quê? — tento cessar um riso. Violeta ri fraquinho e murmura de dor.

— Então ela não aguentou a verdade e me bateu, eu achei que ia morrer. Rasgou minhas roupas, deixou várias manchas em meu corpo... então, dois dias atrás eu fugi de casa, e dormi na rua esses dois dias.

— Você dormiu sozinha? Na rua? — ela assente. — Isso foi muito perigoso, Violeta, você poderia sofrer muitas outras coisas, ainda mais de noite, naquele beco escuro. — solto, preocupado.

— Eu sei. Me d-desculpa.

— Nada de desculpas. Já passou, ok? — afago seus fios, ela suspira um pouco alto, por conta da dor repentina. — Sua mãe é doente por fazer isso com você só por causa de uma "paixão". — faço aspas com os dedos.

— Desde que meu pai morreu, ela desconta tudo em mim. — coça os olhos, tentando não derramar mais lágrimas. — Quando eu nasci, eu fui morar com meu pai, porque ele casou com outra mulher. Minha mãe não me queria. — nojenta. — Meu pai conseguiu ganhar uma causa imensa, então minha mãe me pegou de volta, só para aproveitar-se de mim, me obrigando a pegar dinheiro com meu pai, todo mês.

Sabia que Diana era uma interesseira!

— Então meu pai faliu. — já era de se esperar. —Minha mãe me colocou em um orfanato. — mais um soluço. Olha só, que desgraçada! Diana é uma pessoa completamente maluca! — Lá, eu sofri muito abuso, de todos os tipo, desde bullying à estupro. — fica uns minutos em silêncio, só encarando o nada. — Eu contei tudo a ela, mas ela disse que foi pouco porque eu nunca iria ser alguém importante.

— Você importante pra mim. — seus olhinhos brilham em minha direção, e sorrio. Porra, como é difícil não fazer nada. — E eu sou grato à você por confiar em mim, e me contar sobre tudo, Violeta. Sempre conte comigo. — ela me abraça fortemente, e sinto uma lágrima cair de meus olhos.

— O senhor sempre foi meu professor favorito. — ela sorri. — Minha mãe já tentou me persuadir várias vezes para que eu falasse a todos que o senhor me assediou, só para que ela pudesse te demitir. — arregalo os olhos. Eu nunca faria algo assim, nunca. Preferia me matar a fazer tal atrocidade. — Óbvio que eu neguei, e sofri as consequências por isso.