Single Rule • jjk + pjm

Seven

Se pesquisar o que é uma pessoa agorenta, irá encontrar a definição de pessoas que se machucam por falta de atenção. Definição de pessoas que perdem constantemente em apostas. Animais que são pegos por humanos, em época de caça, ou até pegos para maldades.

Uma dessas opções está incluso a minha pessoa.

Meu oração bate exasperado.

O meu celular vibra, com uma nova chamada de Taehyung. Sem conseguir desligar o celular, ele vibra novamente junto a música comum do celular. Ele se arrasta em cima da estante, ainda vibrando, e cai no chão, pela segunda chamada de meu amigo.

Coço meus fios, agoniado.

Os livros, que serviam de apoio para meu celular, também se movem; um cai deitado em cima da estante, provocando mais um barulho, e o outro cai no cão, fazendo com que meu celular deslize para perto de Diana, que se agacha, pegando-o em suas mãos.

Um acréscimo: Fudeu!

Aguçado, mordo minha mão, causando uma dor insuportável.

— Quem está aí?! — olho entre os livros, vendo Diana encarar a tela do meu celular, que ainda toca. Seus longos saltos, fazem zuada quando ela anda até os livros caídos. Violeta ainda está parada, olhando para o nada, alisando o local aperto, este, que está vermelho, com marca de unhas, fora outras manchas por seu braço.

Meu celular para de tocar, e Diana estanca-se no lugar. Ela franze as sobrancelhas e mexe no meu aparelho. A voz da mulher é ecoada pelo ambiente, quando ela dá play no vídeo.

Mas que boceta!

— Saia daí agora, filho da puta! — ela grita, e me sobressalto, com um medo entrando entro de mim. A voz e a feição da mulher é de pura fúria. 

Sem mais o que fazer ou pensar, saio de trás da estante, amedrontado.

Violeta me encara com os olhos arregalados. 

— Só podia ser você! — invade meu espaço, enfiando as unhas em minha mão. Olho para a menina, que se mantém assustada, parada. — Apague este vídeo! — força minha mão para abrir, e põe o celular nela. — Agora!

— Não. — aperto meu aparelho, ainda receoso.

Ela solta um risada, baixa mas desalmada. 

— Não se meta em uma coisa que irá se arrepender. Não sabe com quem está se metendo. Isso que fiz com você foi a metade do que eu posso fazer. — meus pelos se eriçam e engulo um seco, olhando diante de seus olhos.

Capturo a menina dos cabelos brancos e meu queixo estremece. Ela é uma das minhas alunas, nunca destilou ódio por mim. Mas eu não posso colocar-me mais uma vez em risco, não quero que Diana suborne mais meu alunos por causa da sua raiva de mim. E não quero provar da sua perversidade.

Procuro o vídeo recente e apago.

Vejo a menina me encarando, como se estivesse agradecida por eu ter apagado. Mas... Por quê?

— Bom garoto. Agora, se você abrir a sua boca, eu vou te infortunar para sempre, estamos entendidos? — ela diz.

— S-Sim... — abaixo a cabeça. Eu sou um fraco, isso sim!

— Que pena que não posso te demitir. — olho-a, confuso. — Mas se eu pudesse, você, junto com outros, já estariam no olho da rua. — Eu te odeio desde o primeiro dia, queria que queimasse no inferno. 

— Diana, por favor... — a menina encosta a mão no braço da Diana, que ainda estava me segurando. A diretora puxa o seu braço, fazendo com que o da garota se entortasse um pouco.