Twenty-six

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Jungkook me deixou em casa após deixarmos o orfanato. Durante o caminho não houve muita conversa, motivo de estarmos pensativos demais e cada um em seu canto, questionando a nós mesmo o quão critico está o estado daquele lugar. Estacionar em frente a minha casa foi impossível já que o carro do Hoseok estava bem a frente da porta, impossibilitando Jungkook a estacionar seu carro vermelho.

Nos despedirmos com um abraço bastante caloroso, depositando nesse enlace uma dose de frustação, efetivando nossas bocas soltar um misto de suspiros longos e plácidos. Todavia, não podíamos continuar nesse amplexo já que havíamos coisas a fazer e já estava tarde o bastante para nos aconchegarmos mais um no outro agora.

Tomando coragem de onde desconheço, me aproximo mais de seu rosto, aproximando nossas testas e deixando um selinho demorado e molhado em seus lábios quentes e macios. Sua reação fora de ficar estático, causando uma vergonha enorme em mim, deixando minhas bochechas quentes, então eu sou rápido o bastante para abrir a porta do seu carro e sair, logo destrancando a porta de minha casa e entrando, suspirando em seguida por minha ação incoerente. 

Desde que eu comecei a ficar seguro dos meus sentimentos para com o professor de educação física, minhas estruturas acabaram se cessando, ocasionando minha mente agir por completo impulso; meu corpo implorar pelo seu toque; e chegando em meu sistema nervoso, elaborando sensações divinas, movimentos encorajadores e constatações averiguadas.

Encostado na porta, abro meus olhos, que outrora estavam fechados, enxergando ali minha mãe, Byeol, Hoseok, Tae e Yoongi sentados espalhados na sala enquanto bebe latinhas de cervejas e me encaram como se eu fosse um fugitivo. Envergonhado, aceno para cada um, tentando correr para meu quarto, mas a voz de Taehyung me para no meio do caminho.

— Por que está tão vermelho assim, criatura? Viu fantasma, foi? — franze as sobrancelhas, logo soltando um risinho fingido.

— Não, eu estava com o— paro no meio da frase por puro desleixo do que iria acabar de falar, mas como minha mãe não consegue ficar calada, expõe-me:

— Ele estava com o Jungkook, gente. — finaliza com uma golada na latinha, fazendo com que os namorados soltassem um "ahhhhhh" sincronizados. Mas, pouco depois, Taehyung solta um "hmmm", em tom de malícia.

— Parou, hein! — reviro os olhos, desistindo de ir para o meu quarto, me juntando ao pessoal. Alcanço um latinha de cerveja em cima na mesinha de centro, abrindo-a em seguida e tomando um gole do líquido geladinho. — Eu estava apenas ajudando a levar as roupas para o orfanato.

— As roupas que era do "filho", né, Ji? — Tae faz aspas com os dedos, logo sendo confirmado por mim com uma aceno de cabeça.

— Mas, e aí? Como foi lá? — pergunta Hoseok, sorrindo entusiasmado.

Um sorriso cresce em meus lábios involuntariamente.

— Perfeito.

— Diz logo, cara! — meu melhor amigo balança meu joelho, com a mão que está livre da latinha, enquanto nasce uma careta brava em sua face.

Explico para todos, que me escutam atenciosamente, como foi conhecer a diretora do Horizon Home. De como eu conheci um garotinho órfão. Tentei ocultar a parte de como o Jungkook agiu fofo comigo, mas Yoongi ficou me jogando verde e eu acabei contando. 

— Hoseok, eu posso te pedir um favor? — questiono já sentindo minhas mãos tremelicarem antecipadamente, com medo de receber um "não" bem dado.

— Claro que sim. Sempre pode contar comigo, já disse. — com seu sorriso caloroso, expulsei meu amedrontamento e suspirei fundo, logo soltando de olhos fechados:

Single Rule • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora