"A VIDA NÃO TEM GRAÇA SEM UM BOM SUSTO"
- O ESTRANHO MUNDO DE JACK
O grande dia havia chegado, o dia 31 de outubro, dia das bruxas e noite de Halloween. A animação podia ser ouvida do lado de fora, crianças gritando, adultos rindo. Assim como em qualquer lugar, Darkwood tinha suas tradições, crianças pedindo doces com suas fantasias elaboradas.
Adultos que se fantasiavam junto com os filhos e iam leva-los principalmente no centro da cidade, onde acontecia uma série de apresentações e passavam filmes temáticos na praça.
"Patético" Randolph pensou, aquela cidade existia a anos e as mesmas tradições banais continuavam sendo feitas.
Randolph não teve problemas para manter Blair escondida de todos e para enganar Roland, conseguiu colocar um empecilho para que a Irmandade não chegasse perto do armazém.
Existia muitas casas abandonadas na cidade, mas existia um local que ninguém pensaria em procurar Blair Blackwell, na velha casa abandonada que Randolph se encontrava com Victoria.
Ele estava no andar de baixo, a casa continuava com uma aparência impecável por dentro. Randolph se olhava na frente de um espelho, arrumando a gravata preta.
– Não acha que vão te reconhecer? – a voz de Bridget chegou a seus ouvidos.
O espelho repousava do outro lado da sala, a voz da bruxa, estava cada vez mais forte, parecia que ela estava já ali. Aquilo indicava que o véu estava mais fino, a passagem poderia ser aberta logo e aquilo que abriria a brecha que Bridget precisava para passar estava na geladeira da casa, o sangue de Calliandra Woodley.
– Um lugar cheio de adolescentes e com pessoas vestidas em trajes de gala com máscaras? – Randolph olhou para o espelho, vendo a sombra da mulher. – Improvável.
A escola pelo menos tinha feito algo interessante, ao invés de fazer uma festa a fantasia, colocou um baile de máscaras e era a situação ideal para Randolph passar despercebido. Ele olhou para seu reflexo no espelho comum e pegou uma caixa preta que estava em cima da mesa.
Era uma máscara para aquela noite, uma clássica máscara de Arlequim, que cobria seu rosto todo, os enfeites na parte de cima era de um vermelho vibrante, na parte dos olhos, alternavam-se em quadriláteros pretos e vermelhos e a parte que Randolph mais gostava com certeza era o sorriso, que em sua visão era assustador.
– Estou pronto para o baile – ele fez uma reverencia para o espelho de Bridget. – Nos veremos pessoalmente dentro de algumas horas, senhora.
Então a visão de Bridget desapareceu e no andar de cima pode ouvir os grunhidos de raiva de sua mãe. Ele subiu as escadas e foi até o primeiro quarto.
Ele tinha deixado a mãe sentada em uma cadeira confortável e amarrado suas mãos atrás das costas e a amordaçado. Não ia perder muito tempo fazendo feitiços elaborados para prender a mulher, o máximo que tinha feito era colocar uma barreira em volta da casa, e ela sem falar não poderia desfazer o feitiço.
– Calma mamãe – Randolph disse e tirou a máscara. – E se continuar grunhindo desse jeito vai perder a voz.
Se aproximou e tirou a fita da boca dela.
– Acha que esse seu plano ridículo é bom? – Blair riu. – Você não conhece bruxos das trevas, assim que Le Fay terminar de te usar, vai mata-lo.
Randolph estaria mentindo se dissesse que não tinha pensado naquilo, óbvio que sua vida corria risco no momento em que Bridget tomasse conta do corpo de Rachel Woodley, mas ele tinha um plano em mente, algo que tinha lido em um livro e aquela noite seria ideal para saber se aquela tática com magia sombria funcionária.
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As Crônicas de Darkwood - A origem da Magia (CONCLUÍDA)
General FictionCalliandra Elizabeth Woodley, sempre se considerou uma garota normal, com um nome um tanto peculiar. Callie, vivia com sua mãe e sua avó, depois que seus pais se separaram, até que um dia sua casa é consumida por um incêndio e ela acabou perdendo as...