Irmão contra irmão

106 18 65
                                    

"Quando atacar alguém por vingança, prepare duas covas."

- Confúcio

Randolph sorriu quando assistiu os olhos de Rachel, mudaram de cor, ficando mais claros, os olhos de sua senhora, ela deu um sorriso carregado de maldade em sua direção e se levantou indo para a beira do prédio.

Raios brilharam no céu de Darkwood e ele pode ouvir os gritos vindos do baile, as luzes da escola acabaram, o campo de esportes à céu aberto foi tomado pela escuridão, mas as luzes de emergência logo se acenderam.

Estava dada a largada, uma nova era tinha se iniciado.

– Estou sentindo, bruxos, fadas, lobisomens, até mesmo vampiros – Bridget disse. – Todos na floresta, acham mesmo que tem alguma chance.

– E o que faremos, minha senhora?

– Vamos mostrar que o mundo sobrenatural deve mesmo temer os caçadores – ela fechou os olhos. – Por que deveriam continuar ajudando esses monstros, pequenos caçadores? Não é natural que humanos tenham poderes mágicos, não é natural que existam alguns que se transformem em bestas chupadoras de sangue e outros que se tornam bestas ferozes à luz da lua cheia, se revoltem, lutem por um mundo normal.

Mais raios iluminaram o céu, seguidos por trovões.

– Lobos de Darkwood, por que devem seguir as regras de um alfa? – ela disse. – Vocês não precisam e não devem lutar uma guerra das bruxas, se revoltem e façam suas próprias escolhas!

Outro raio surgiu e ela virou para olhar para Randolph.

– Os bruxos já vão ter problemas o suficiente, com os caçadores e alguns dos lobos sobre o meu poder – Bridget olhou então para o caçador que tinha trazido Rachel. – Pode ir embora, junte-se aos seus irmãos caçadores no baile e acabe com toda a escória bruxa.

O garoto assentiu e abriu a porta do telhado e desceu as escadas. Randolph então fez uma reverência para Bridget e para seu deleite, ela estendeu a mão para ele.

Ele a tomou com a mão que tinha o anel e depositou um beijo ali, conteve sua animação quando a pedra azul brilhou levemente, algo discreto demais para que a poderosa Le Fay pudesse perceber.

– Vá, Randolph, seu irmão vai vir encontra-lo com certeza – disse. – E sua mãe também, seu desejo de confrontar sua família vai ser atendido.

– Espero que tudo corra bem está noite, minha senhora – ele se endireitou.

– Aquelas garotas podem ser fortes, mas eu tenho o elemento surpresa – sorriu. – Agora vá e volte para me encontrar.

Randolph assentiu e se afastou, ele não voltaria para encontra-la e sinceramente não se importava mais se Bridget triunfaria, pois ele já tinha ganhado.

Com um último sorriso, tocou a pedra do anel e desapareceu.

                                                                                                    ***

Freya por um instante esqueceu de que naquela noite, elas tinham um encontro marcado com uma descendente de Morgana Le Fay que queria causar tumulto e destruição na cidade delas.

E realmente esqueceu daquilo, por um instante, por um mísero instante mesmo... Já que agora o baile de Halloween todo caiu na escuridão, pois a energia da escola tinha acabado.

– Tudo bem, foi bom enquanto durou – Maya reclamou quando todos eles se juntaram. – Que horas são?

– Dez horas – Christopher respondeu. – Vamos todos manter a calma.

As Crônicas de Darkwood - A origem da Magia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora