"Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer."
- Mahatma Gandhi
Callie não conseguiu se mover, o choque fez com que seus membros se paralisassem. Em um instante Bridget segurou o pescoço de Kai e no outro já o tinha jogado do telhado.
A pessoa que saiu do choque mais rápido foi ninguém menos do que Julliet Hammer. Com um grito furioso, os olhos verdes de Julliet mudaram para o lilás e estendeu a mão e Bridget caiu de joelhos, ofegando em busca de ar.
- Vai me matar, Jullie? Me torturar pelo que acabei de fazer com o seu irmãozinho? - Ela riu. - Seria igual ao seu pai e aposto que adoraria cada minuto do meu sofrimento.
Antes que Callie ou qualquer outra pudesse se aproximar e aproveitar o surto de raiva de Julliet, para construírem o campo de força. Bridget se levantou, o feitiço não estava mais surtindo efeito.
Callie segurou o braço de Julliet e os olhos dela voltaram a ser da cor que eram.
- Vocês querem brincar, minhas bruxinhas? - Bridget perguntou. - Então vamos brincar e vão perceber que eu serei o lobo-mau da história que vai destroça-las.
Os olhos azuis brilharam, elas tinham que se separar se quisessem prende-la no pentagrama. Callie conseguia ver no chão, leves rastros de magia, e sabia que era ali onde Christopher desenhara, Bridget ainda estava no começo do desenho, para aquilo funcionar ela tinha que estar bem no centro.
Callie olhou para as gêmeas e para Maya e Ava, e soube que elas entenderam o plano.
- Eu acho que você vai descobrir, Bridget, que o caçador acaba sempre matando o lobo-mau - Callie disse, em um ímpeto de coragem e tentando manter o foco nela e não nas outras.
- Você me lembra a minha irmã, impetuosa, astuta, todas essas características escondidas atrás de uma máscara de menina boazinha e ingênua - Bridget sorriu, seus olhos brilharam ainda mais, como se tivesse encontrado um diamante bem a sua frente.
Pelo canto do olho pode ver Ava, Maya e Julliet se afastando, se escondendo atrás das caixas de energia que tinha ali no terraço. Porém sua atenção se manteve em Bridget, era horrível olhar para a velha bruxa no corpo de sua prima.
Bridget disse que Rachel não estava mais ali, mas Callie conhecia Rachel apesar de todas as brigas que tiveram no decorrer dos anos. E ela era cabeça dura demais para deixar que tomassem seu corpo sem lutar.
- Rach... - Callie deu um passo à frente. - Por favor, não deixa que ela ganhe.
- Eu já te disse, garota estupida, sua prima se foi - sorriu. - Eu apenas mostrei para ela que ninguém poderia ama-la quando estão todos encantados por você.
- Ela está mentindo, Rach, você é amada, meu pai te ama, Thomas e a vovó também - Callie implorou e avançou, se conseguisse faze-la parar no meio do pentagrama, as outras só precisariam ser rápidas o suficiente para se aproximarem e erguerem a barreira.
Roland disse que assim que precisasse da espada, tudo o que ela precisava fazer era pensar nela que a espada viria ao seu encontro, mas ainda não era a hora.
- Eu te amo, merda! - ela disse e naquele instante Bridget parou de andar.
Porém quando estavam perto o suficiente para se tocarem. Callie sentiu as unhas afiadas dela, quase perfurando a carne de seu pescoço e apertando ao mesmo tempo.
- Uma pena que só foi falar isso agora - Bridget disse. - Não se sinta mal, quando se reunir a ela no reino dos mortos, poderá dizer isso.
Porém Callie segurou o braço de Bridget que espagava sua garganta e então ela escutou o grito de dor e depois o cheiro de queimado, ela não teve outra escolha a não ser se afastar.
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As Crônicas de Darkwood - A origem da Magia (CONCLUÍDA)
General FictionCalliandra Elizabeth Woodley, sempre se considerou uma garota normal, com um nome um tanto peculiar. Callie, vivia com sua mãe e sua avó, depois que seus pais se separaram, até que um dia sua casa é consumida por um incêndio e ela acabou perdendo as...