"A VIDA É UMA SIMPLES SOMBRA QUE PASSA (...); É UMA HISTÓRIA CONTADA POR UM IDIOTA, CHEIA DE RUÍDO E DE FUROR E QUE NADA SIGNIFICA"
- WILLIAM SHAKESPEARE
Callie se sentou perto da lareira e Pandora se aproximou e deitou em seus pés, ela rezava silenciosamente para que Thomas ou o pai não resolvessem aparecer naquele momento.
Duas batidas a despertaram de seus pensamentos.
─ Callie? ─ Maya entrou acompanhada de Ava. ─ Aí meu Deus, suas pernas.
Ava trancou a porta e Callie finalmente pode relaxar.
─ O que aconteceu, Callie? ─ Ava perguntou.
─ Avie, perguntas depois ─ Maya disse se aproximando dela e abrindo sua bolsa de couro,
Ela tirou diversos potes de dentro e parecia que quanto mais demorava suas queimaduras doíam cada vez mais.
─ O que é isso? ─ ela perguntou quando ela abriu um frasco que continha um gel verde.
─ Gel de babosa ─ respondeu enquanto passava nas bolhas. ─ Vai curar suas feridas.
Ava abriu o armário dela e vasculhava suas roupas.
─ Quer nos contar o que aconteceu?
E então ela contou tudo, o pesadelo, as cinco e a garota desconhecida, Julliet Hammer amarradas em vigas de madeira, a mulher que controlava Matthew Hale e não hesitou em falar sobre Derek e o que a mulher havia lhe dito "o amor será o motivo da sua destruição".
─ Sabia que estava acontecendo alguma coisa entre vocês ─ Ava disse.
─ Você só ouviu isso, Avie? ─ Maya exclamou indignada. ─ Segundo o sonho de Callie ainda existem bruxos da família Hammer.
─ Beleza, May ─ Ava tirou um vestido vermelho curto, meia calça preta e uma jaqueta de couro do armário ─ E o que faremos? Quando fomos contar sobre o espião nossos pais não acreditaram na gente.
─ Tem razão ─ Maya disse e colocou suas mãos sobre as feridas de Callie.
Ela sussurrava tão baixo que era impossível de ouvir e então aos poucos as bolhas foram sumindo, Callie ainda conseguia se surpreender com as coisas que a magia era capaz de fazer.
─ Nossa vida está ficando muito complicada ─ Maya disse. ─ Pelo menos, a minha madrinha sabe que a conversa que tivemos com os caçadores foi real, e o pai da Callie vai marcar uma reunião com Albert.
─ Não podemos ter muitas esperanças nessa reunião ─ Callie comentou. ─ Bruxas não confiam em caçadores e eu não confio em Albert, ele pode ter criado essa história para fazer que a Irmandade tenha confiança nele e depois...
─ Ele pode nos atacar pelas costas ─ Ava completou. ─ Callie está certa, vamos contar para as gêmeas sobre o sonho, depois da aula, quem sabe podemos contar até para o Christopher, Thomas, Derek e James.
─ Não concordo em falar para o meu irmão nem para o Chris e o Derek ─ Callie disse pegando a roupa que Ava separou. ─ Dependendo da gravidade do assunto, eles não hesitariam em contar para nossos pais e aí vamos ficar mais encrencadas.
─ Ela tem razão, Ava ─ Maya disse. ─ Christopher se preocupa demais com você e Freya se esse sonho quer dizer que corremos perigo ele vai falar para a sua mãe e aí nossos pais vão nos mandar para a Cidadela das Irmãs para ficarmos "seguras" seja lá do que.
Ava suspirou.
─ Tudo bem ─ ela disse. ─ Contamos só para o Jay, ele é esperto e quem sabe consiga nos ajudar.
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As Crônicas de Darkwood - A origem da Magia (CONCLUÍDA)
Ficción GeneralCalliandra Elizabeth Woodley, sempre se considerou uma garota normal, com um nome um tanto peculiar. Callie, vivia com sua mãe e sua avó, depois que seus pais se separaram, até que um dia sua casa é consumida por um incêndio e ela acabou perdendo as...