O retorno do herói

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"LUTAR PELO AMOR É BOM, MAS ALCANÇA-LO SEM LUTA É MELHOR"

-  WILLIAM SHAKESPEARE


Derek estava retomando os movimentos, o que segundo Henry Valentin, queria dizer que todos os seus ferimentos estavam praticamente curados. Ele não sentia mais nenhuma dor, mas ainda tinha sido difícil recuperar a fala.

Naquele dia em especifico conseguiu sentar-se, tia Isla colocou um copo de água em sua mão, mesmo com os dedos trêmulos, buscou forças para não deixar o copo cair.

– Como está se sentindo? – ela perguntou a ele.

– Consegue falar, filho? – Roland perguntou mais atrás.

– Sim – sua voz saiu em um sussurro rouco.

Ele olhou animado para Roland, fazia dias que estava tentando buscar forças dentro de si mesmo, para que sua voz voltasse. Henry estava sentado à sua frente e parecia tão empolgado quanto Derek, por sua visível melhora.

– Pai – ele olhou para Roland. – Randolph ele...

– Calma – Roland se ajoelhou diante dele e olhou para Isla. – Do que se lembra?

Essa era a questão do que ele conseguia se lembrar? Sua mente estava confusa, a última lembrança clara que tinha era do dia do aniversário de Maya, quando Randolph disse para ele ir até a casa do Valentin.

Também se recordava de ter contado a verdade a Freya, mas depois presando o bem estar da sua irmã, ele utilizou um feitiço para apagar a memória dela, depois daquilo, era apenas escuridão.

– Lembro do dia que fui na casa do Valentin, no aniversário da Maya – respondeu. – Depois daquilo, mais nada.

– Muita coisa aconteceu, a alguns dias você me ligou a noite, sem conseguir respirar direito, suas palavras antes de desmaiar foram "Pai... ele sabe" – Roland disse. – Eu fui até a floresta e te encontrei sangrando, com arranhões na barriga, se Henry não tivesse ido comigo, talvez estivesse morto.

– Não tente se esforçar demais, mini Roland – Henry o aconselhou. – O choque do ataque pode ter feito você esquecer grande parte das coisas, estava jogado no chão quando o encontramos, bateu com a cabeça e tem um galo na parte de trás.

Derek tocou a parte de trás de sua cabeça e gemeu, realmente tinha um grande galo ali.

– Belo espião que eu fui – Derek se irritou. – Eu só tinha uma missão e falhei...

– Você não falhou – Roland o cortou. – Você está vivo e isso que importa, pare já com isso.

Os olhos de Derek começaram a marejar, estava frustrado, parecia que tudo tinha sido em vão.

– Você passou informações importantes, querido – Isla o consolou. – Estamos aliviados por estar bem.

– Me lembro de poucas coisas, ele falava muito sobre como era errado as ideias da Irmandade e como foi jogado de lado a vida toda pela vovó – quando disse isso Roland bufou. – E ele conversa com Bridget por meio de um espelho, Randolph via muitas coisas com ele.

– Garoto mimado e estúpido, nossa mãe agia como doida conosco desde sempre – Roland se irritou. – Ela que sempre agiu como se ela fosse uma Blackwell de sangue de fato, falando que tínhamos que honrar nosso nome e Callie comentou sobre o espelho, estamos dobrando o cuidado para não revelar nada que não é preciso para o caso dele estar vendo.

Isla segurou o ombro de Roland, tentando acalma-lo, então ela contou a Derek que Randolph tinha visitado Victoria e tinha deixado escapar que ele sequestrou Blair. Quando ouviu isso a cabeça dele doeu.

As Crônicas de Darkwood - A origem da Magia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora