O quinto ano era o ano dos exames para se obter os NOM's (Níveis Ordinários de Magia), que qualificaria o conhecimento dos bruxos e serviria de indicador para saber quais disciplinas eles estavam aptos a continuar aprendendo. Se Harry não tivesse passado as férias se embebedando, brigando com os pais e se trancando no quarto, John poderia ter perguntado a ela como funcionava o esquema de provas.
Felizmente, Emily Harrison, uma sextanista baixa e gorda, de olhos grandes e negros, e um cabelo maravilhoso, de um preto profundo, havia feito os exames no ano passado e, durante o café da manhã do primeiro dia de aulas, passou a explicar como o método de avaliação funcionava para John, Henry e Sally.
– É um sufoco, ainda mais se você quiser uma carreira promissora, no Gringotes, por exemplo – dizia ela enchendo seu copo com suco de maçã. – Não chega nem perto dos exames da escola e os professores não vão ter pena de passar tarefas pra vocês. Não estranhem se conseguirem um P nos primeiros dias.
– P? – Henry perguntava.
– "Passável". É uma nota ruim. A maior nota que você pode adquirir numa disciplina é o O, de "Ótimo". Depois vem o E, de "Excede Expectativas". E, depois, vem o A, de "Aceitável". Se você tirar uma dessas três notas, já vai conseguir um NOM na disciplina e vai poder fazer o exame pra conseguir um NIEM no sétimo ano. Agora se você tirar P, de "Passável", D, de "Deplorável", ou T, de "Trasgo", você se ferra.
John soltou um riso fraco ao se imaginar tirando um monte de T's e tendo que escondê-los dos amigos.
A primeira aula de segunda feira era a de Herbologia, sob um clima nublado, com a professora Sprout fazendo um longo discurso sobre a importância de se obter um NOM na disciplina para seguir as carreiras de biólogo, botânico, curandeiro, magizoologista entre tantos outros. Depois passou a aula ensinando os alunos a cuidarem e extraírem venenos de hemeróbios.
Em seguida veio a aula de Feitiços, e o professor Flitwick não poupou palavras para dizer o quanto o NOM dessa matéria era indispensável para quem queria seguir 80% das carreiras de sucesso no mundo mágico.
Até a hora do almoço, John já tinha dois deveres de casa custando quase um metro de pergaminho cada um.
Mais tarde foi a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. John ficou embromando na mesa do almoço, sem comer praticamente nada, deixando Sally e Henry irem na frente. Isso porque era costumeiro assistir Transfiguração e Defesa Contra as Artes das Trevas dividindo uma mesa com Sherlock, mas agora não queria arriscar tê-lo ao seu lado por uma sorte infeliz. Havia ainda uma esperança de que o corvino se manteria afastado, afinal, ele não esperou John depois do café da manhã para assistirem à aula de Sprout.
Faltando dez minutos para o começo da aula, o rapaz se dirigiu ao terceiro andar. Quando chegou à sala, encontrou-a quase cheia. Sherlock se sentara ao lado de Percy Phelps. John se dirigiu ao lugar vazio ao lado de Witty Winter, uma garota de pele negra, olhos amendoados e cabelos lisos e castanhos, agora compridos o suficiente para formarem um rabinho de cavalo.
– Hei. Posso sentar aqui?
– Oi, John. Pode sim. Normalmente eu fico com a Violet, mas ela não pára de falar num garoto da Sonserina.
– Do nosso ano?
– Não. Do sexto.
A conversa cessou quando a professora Umbridge entrou, trazendo um sorriso digno de anfitriã e vestindo um casaquinho azul bebê por cima das roupas em tons pastéis, além de um chapeuzinho delicado da mesma cor. Ela caminhou até a frente da sala, parando perto do quadro negro.
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Potterlock - A Ordem da Fênix
FanfictionO relacionamento entre John e Sherlock encontra-se mais conturbado do que nunca. Para piorar, Voldemort retornou e mesmo a Ordem da Fênix se reunindo para combatê-lo, o Ministério da Magia nomeou Umbridge para por um fim aos boatos sobre a volta do...