𝐖𝐀𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐍𝐓𝐀𝐈𝐍, 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩𝘢𝘤𝘬𝘦𝘳

001.

MAYA

Vinnie e eu estamos namorando há dois meses. Hoje ele chega de Londres para se mudar novamente para Nova York e eu estou no aeroporto para levar ele para o apartamento dele. Sei que ele não precisa que eu faça isso mas eu quis fazer mesmo assim. Pousando em Nova York, foi o que a mensagem dele disse há 10 minutos atrás. Eu estou na área de desembarque esperando por ele enquanto bebo refrigerante. Está um puta calor de 38°C em Nova York.

O aniversário de Vincent foi duas semanas atrás e bateu com a semana que eu iria para Monte Carlo, em Mônaco, ou seja, separei um dia e encontrei ele em Londres. Nós passamos o dia juntos... No sentido literal. Lembranças boas daquele dia. Nossa relação tem estado bastante firme e aproveitamos o máximo que conseguimos durante o que tempo que conseguimos ficar juntos. 

Vejo seus cabelos loiros cacheados nas pontas passando pelo corredor e eu sorrio de orelha a orelha. Ele está com um carrinho com duas malas enormes em suas mãos e, quando ele me vê o garoto abre um sorriso. Dou alguns passos na direção e quando finalmente estamos frente a frente eu fico na ponta dos pés para abraçá-lo, ele envolve seus braços em minha cintura e me aperta contra o seu corpo.

- Eu senti saudades, princesa. - ele diz contra o meu pescoço e eu me distancio dele, sem tirar meus braços dele. 

- Finalmente em casa. - eu falo não no sentido dele estar em Nova York mas sim em estar com ele e acho que ele entendeu pois ele sorri antes de me beijar no meio do aeroporto. 

Andamos pelo local até o estacionamento. Não vou até ao apartamento dele faz bastante tempo mas pelo o que Melinda havia comentado comigo, Nailea e ela fecharam o relacionamento e elas estão num patamar bem mais sério, o que quer dizer que elas estão morando juntas no apartamento em que ela estava morando com o Vinnie. 

- Uau. Isso que é um carro. - comenta e eu olho para ele, que está olhando para cada canto do carro. - Bugatti Chiron Super Sport com 1.600 cavalos, vai de 0 a 300 quilômetros em 12 segundos. Motor 8.0 W16 e só existem 9 produzidos no mundo inteiro... - o garoto me olha como se fosse uma criança vendo o brinquedo que queria de Natal.

- É meu novo bebê. - digo. Essa frase é estranha de se dizer mas é verdade. Esse carro é simplesmente incrível. - O porta malas fica na frente. Sei que está empolgado com Atenas mas hoje sou eu quem vai dirigir. - observo ele a colocar as malas dentro do carro.

- Seu carro se chama Atenas? - ele pergunta, franzindo o cenho e eu faço que sim com a cabeça. Como se ele não colocasse nome nos carros dele - Um dia você vai me deixar dirigir ele? - o loiro questiona ao entrar no carro e eu faço o mesmo. Passo minhas mãos em seus cabelos loiros e assinto mais uma vez.

- Ouve só isso. Essa delícia deixa sua querida Lamborghini Aventador no chinelo. - eu falo ao ligar o carro. Aperto no acelerador, fazendo o carro roncar no estacionamento do aeroporto, o barulho é lindo de se ouvir. Viro o meu olhar para o garoto ao meu lado - Quer ir pra casa? - mordo meu lábio inferior para conter um sorriso.

- Pra onde você deseja me sequestrar, Vitale? - ele coloca o cinto enquanto eu saio da vaga e me encaminho para a saída do lugar. Por que não dar uma volta com ele por Nova York antes de deixá-lo em seu apartamento, não é? Temos tempo de sobra hoje.

- Você irá ver. - foco meus olhos na rua. Não posso acelerar aqui. O aeroporto fica no Queens e muitas pessoas andam a pé, principalmente crianças. Algumas estão brincando de futebol na rua e precisam recuar para que eu possa passar. 

Quando finalmente estamos na ponte do Brooklyn, eu olho para o meu namorado e sorrio de lado. Acelero mais o carro, indo para 200km/h e subindo. Ele solta uma risada, eu preciso desacelerar para ter de passar para a pista na esquerda ao sair da ponte, indo para a rodovia New England, sendo assim podendo acelerar novamente. 150 km/h. 200km/h. 225km/h. 

- Puta merda! Puta merda, puta merda! - ouço ele falar alto do meu lado - Meu Deus, eu te amo pra um caralho, Maya! - ele diz, conseguindo fazer com que me tire uma risada. - Eu escolhi amar a pessoa certa.

Desacelero e faço o retorno para ir para voltar para Manhattan. Sinto sua mão ficar por cima da minha coxa nua e o polegar dele sobe e desce, seus dedos se aninhando no interior delas. Paramos em um sinal vermelho e eu olho para ele. Ele finalmente está aqui, comigo, em Nova York. Sua mão sobe, junto a minha saia plissada. Olho mais uma vez para ele e ele está com seu olhar fixo na rua, abro um pouco mais minhas pernas e ele passa os dedos pela renda de minha calcinha. Seu dedo pressiona por cima do meu clitóris e eu respiro fundo.

- Não faz isso no sinal vermelho... - eu passo minha mão por cima da dele, a fazendo parar de se mover e então eu olho para ele, ele se vira para mim e nossos olhares se cruzam. O garoto esboça um sorriso e desliza a mão pela coxa, a deixando quieta por lá. - Minha saúde mental agradece. - dou partida no carro e dirijo a caminho de seu apartamento.

Estaciono em frente ao prédio e nós saímos do carro, o ajudo com as malas para dentro. Nós andamos até o elevador e subimos até o andar do apartamento do garoto que amo, o elevador se abre e nos deparamos com Melinda e Nailea aos beijos seminuas em cima do sofá. 

- Mas que caralho, Melinda! - Vinnie se vira e sai do elevador. As garotas se viram para nós e seus rostos tem um rubor de vergonha. - Eu te disse que estava no avião de volta para cá.

- Boa tarde, garotas. - eu digo ao tirar as malas do elevador e espero elas se vestirem para avisar Vinnie. Devidamente vestidas e com sorrisos tímidos. - Pode se virar de volta.

- Você não me disse que Nailea estaria aqui. - ele fala para a irmã e se direciona para a morena - Não que eu não te queira aqui, você é minha melhor amiga mas, sabe... - ele cruza os braços - O que você está fazendo aqui?

- Elas estão morando juntas, Vin. - encosto o meu braço no dele e o loiro se vira para mim - Não sabia? - mas ele ergue suas sobrancelhas e se vira para a irmã.

- Surpresa...! - Melinda faz mãos de jazz e eu solto uma risada abafada.