𝐃𝐀𝐃𝐃𝐘 𝐈𝐒𝐒𝐔𝐄𝐒 - ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

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Vinnie's pov

Passei mais de vinte minutos debaixo do chuveiro, tentando esquecer tudo o que aconteceu ontem e de algum modo, tentando me curar de tais lembranças.

Saí e vesti um moletom preto e calcei um tênis. Alimentei a Hera e troquei sua água, me despedi dela e sai do quarto.

Os meninos, mais a S/n e a Maddy me esperavam do lado de fora. Fechei a porta e a tranquei, depois os segui até o andar debaixo.

Estava torcendo para que nenhum deles me perguntasse o que havia acontecido, porque sei que sumi e eles também viram a minha situação dentro do quarto.

- Vamos lá em casa, minha mãe está preparando uma torta. - Jett falou quebrando o silêncio.

Todos concordaram e eu apenas me juntei a eles. Passamos da minha casa para a casa do Jett e eles entraram, mas eu fiquei do lado de fora porque queria pensar um pouco.

- Eu já vou. - Avisei eles. - Daqui a pouco eu entro.

Me sentei em um balanço na frente da casa e encarei a rua. Se passava tantas coisas na minha cabeça naquele momento.

Ela entrou pela varanda só para saber como eu estava, se agachou ao meu lado e não parou de mexer comigo até eu acordar, falou que ficaria tudo bem e que estaria ali para me ajudar sempre que eu precisasse. Me abraçou e me confortou em seu colo.

Quando eu a vi na minha frente, me senti seguro, me senti bem em abrir os olhos e ela ser a primeira pessoa que vi. Imaginei que iria acordar como sempre sozinho, apenas com a Hera ao meu lado. Mas existe mais pessoas que se preocupam comigo.

Não queria sair do abraço dela nunca, se pudesse ainda estaria com ela no chão do meu quarto agora. Um simples abraço e uma simples frase que me animaram e me deixaram mais disposto.

E eu consegui falar para ela o que havia acontecido, nunca tinha feito isso com ninguém antes. Porém com ela foi tão fácil, eu apenas respondi sua pergunta, as palavras pareciam ter pulado da minha boca e quando eu percebi, tinha contado o que havia acontecido.

Meu pai me faz tão mal, sou acostumado com suas brigas e xingamentos pra cima de mim e raramente acontece isso, às vezes não fico tão mal com as palavras dele.

Ele ainda tem coragem de falar que só cuida de mim porque sou menor de idade, senão me expulsaria de casa. Não sei da onde ele tirou "cuido de você ainda", ele nunca cuidou de mim, nunca se preocupou comigo, eu só passo de uma simples pessoa naquela casa, quase como se fizesse parte da decoração.

Desde sempre foi assim, tudo começou quando era só eu e ele, quando minha avó já havia partido dessa pra melhor. As brigas constantes que me causavam ânsia de vômito de tanto nervoso e medo que eu passava. As vezes que precisei me trancar dentro do quarto ou de um armário para ele não tentar me agredir. As vezes que precisei fugir e voltar escondido para ele não me ver.

Quando as fugas aconteciam, eu pensava em não voltar para casa, mas lembrava que não tinha onde ficar e eu não queria viver na rua, ainda queria ter um futuro e continuar indo pra escola, por mais que as pessoas lá não me aceitassem do jeito que sou.

Mas de vez em quando, imagino que fugir e procurar outro lugar para morar seria a melhor opção, caso eu queria prevalecer minha saúde mental.

- Ei Vinnie. - S/n me chamou aparecendo na porta. - Está pronto, vim chamar você.

- Ah oi. - Respondi com um sorriso fraco. - Eu já estava indo.

Ela se sentou ao meu lado no balanço e também encarou a rua. Ficamos quietos por um momento, até ela falar.

- Sei que não é fácil Vinnie e não quero comparar o meu caso com o seu, mas quero que você saiba que estarei ao seu lado quando você precisar.

Eu a encarei e peguei em sua mão que estava perto da minha, ela a apertou e entrelaçou nossos dedos. Virou seu rosto em direção ao meu e se aproximou sem pressa.

Juntei nossos lábios em um beijo calmo, coloquei minha mão em seu pescoço e a senti arrepiar. Ela passou seu braço pelo meu ombro e me puxou para mais perto de si.

Pressenti como se alguém nos olhasse, separei nossas bocas e olhei para a janela da casa. Lá estavam os curiosos nos olhando e assim que nos viram, se abaixaram.

- Engraçados eles. - Murmurei para ela que riu.

- Estava bom, queria que eles não tivessem nos atrapalhado. Vamos entrar?

Sorri com a resposta dela. Me levantei e a segui até a porta da casa, nós entramos e nos reunimos com os nossos amigos na sala.

- 🤍 -

oioii amores como vocês estão? espero que bem :)
ah tadinho mano, é tudo fictício eu sei, mas sofro mesmo assim
o pessoal atrapalhou o beijo :(
se preparem, porque os próximos capítulos estão lindos (ao meu ver, estão)
vinnie vai postar vídeo no youtube hoje 🥳

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beijos mf.