𝐃𝐀𝐃𝐃𝐘 𝐈𝐒𝐒𝐔𝐄𝐒 - ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

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Maratona Surpresa (3/3)

Vinnie's pov

Eu e S/n levantamos um pouco mais tarde do que o previsto nesta manhã. Eu saí da cama primeiro e tomei um banho, trocando apenas o moletom que eu havia colocado para dormir. Ela logo acordou também e nós dois seguimos até o andar debaixo para comer alguma coisa.

- Quer que eu prepare algo pra você? - Perguntei a ela, enquanto olhava o que tinha na geladeira.

- Não, não precisa. - S/n respondeu me fazendo encara-la. - Não estou com fome.

- Você está com fome. - Falei indo até ela. - Não come há bastante tempo.

Ela abaixou um pouco a cabeça, mexendo com os dedos. Me aproximei e levantei seu rosto, fazendo-a me olhar nos olhos.

- Não tem problema comer. - Disse com as mãos em suas bochechas. - Você precisa se alimentar.

- É que... - Ela parou, pude perceber que quase chorava - Eu me sinto culpada depois. Às vezes acho que como demais e isso me deixa mal.

A abracei e beijei sua testa. Sendo sincero, não sei o que dizer a ela. Eu quero dizer o quão perfeita e linda ela é, mas não sei se isso se encaixa no momento.

- Vou te ajudar amor. - Falei encarando-a. - Estarei aqui, pode confiar em mim, você sabe disso. E eu prometo, fazer com que você se enxergue como eu a vejo.

Algumas lágrimas caíram pelo seu rosto, as enxuguei e em seguida a beijei calmamente. A envolvi em mais um abraço e depois, fui preparar algo para comer.

Fiz panquecas e um café na máquina. Arrumei a bancada e comi admirando-a, ela conseguiu comer as massas e tomou todo o café de sua xícara. Depois, coloquei tudo na pia e lavei, enquanto ela secava.

Nós ficamos na sala conversando e às vezes, em silêncio, apenas brincando com as mãos um do outro. Não queria deixar ela ir embora, por mais que a gente acabe se vendo quase todos os dias. Não queria deixá-la ir por causa do pai dela.

- Você sabe que eu não quero ir, né? - S/n perguntou.

Ela estava no meio das minhas pernas, com a cabeça encostada no meu peito. Nossas mãos entrelaçadas em seu colo, enquanto ela mexia com meus dedos e passava os dela pelas minhas tatuagens naquele local.

- Eu sei. - Respondi. - Não queria deixar você ir também.

S/n se virou e passou seus braços em volta de mim. Eu retribuí seu abraço e beijei sua testa que estava perto do meu rosto.

- Qualquer coisa que acontecer, me ligue. - Falei. - Só, por favor, me ligue.

- Não vai acontecer nada. - Ela murmurou. - Mas, se acontecer, eu prometo ligar para você.

Ela selou nossos lábios e eu a beijei com toda a vontade que tinha naquele momento. Depois, S/n pegou suas coisas e eu a levei até a rua de sua casa. Me despedi dela e voltei.

S/n's pov

Assim que entrei em casa, subi para o meu quarto. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Maddy, a ruiva disse que os pais dela - advogados - iriam olhar os documentos que eu entreguei a ela ontem, no colégio.

Crum não demorou para responder, ela disse que seu pai já tinha lido tudo e estava ciente do caso. Falou que obviamente, eu tenho todo o direito da herança e só preciso levar os papéis até o banco onde o meu dinheiro está guardado.

Por fora eu estava calma, mas por dentro, eu gritava. Finalmente, eu posso sair de casa e morar longe do meu pai. Enfim, livre.

Fui para o closet e comecei a arrumar minhas roupas em uma mala gigante que eu tinha guardada, o quanto antes eu fizer isso, melhor. Vou deixá-la escondida dentro do guarda-roupa, quando chegar a hora de ir, terei tudo pronto.

Quando fui até a minha escrivaninha, percebi algo diferente ali. Um álbum. Peguei ele nas mãos e o analisei, nunca havia visto-o antes. Me sentei na cama e comecei a folhá-lo.

Nele, havia várias fotos minhas quando bebê, no colo dos meus avós e outros parentes, no berço e por incrível que pareça, nos braços do meu pai. Algumas páginas depois, vi fotos da minha mãe grávida. Ela era uma mulher linda, cabelos castanhos e olhos verdes. Parecia tão feliz, as mãos na barriga e sorrindo para foto. Tive uma pequena impressão que, era o meu pai que estava por trás da câmera que registrou o momento.

Sem perceber, deixei lágrimas caírem no meu colo. As enxuguei e fechei o álbum, mantendo ele nas minhas mãos. Me levantei e o levei para o closet, guardando-o dentro da mala também.

Às vezes eu penso, como seria minha vida se minha mãe não tivesse morrido no meu parto. Eu acho que, faria parte de uma família muito feliz e seria amada por ambos. Imagino que o meu pai não seria tão ríspido comigo. 

Guardei o resto das coisas necessárias dentro de uma outra bolsa, tentando me entreter com alguma coisa. Fiquei pensando como vou sair de casa, se vou me despedir do meu pai ou apenas ir embora sem falar nada, ou deixar um bilhete na bancada escrito "obrigada por me sustentar, mas agora eu posso fazer isso sozinha".

Por fim, acabei deixando tudo dentro do guarda-roupa e me deitei na cama, ligando a TV em um programa qualquer. Não consegui prestar tanta atenção, muitas coisas se passavam na minha cabeça naquele momento.

- 🤍 -

espero muito que vocês tenham gostado da maratona e obrigada pelos quase 130k de views aqui <33 eu amo muito vocês AAAAA
lembrando, não sei se vou conseguir aparecer aqui semana que vem, mas prometo tentar :)

não se esqueça de votar e comentar ❤️

beijos mf.