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S/n's pov

Após sair do colégio e passar na casa de Vinnie para ficar um pouco com ele, o loiro e eu seguimos até a minha casa. Ele me deixou na esquina da rua e depois de se despedir com um beijo, voltou para sua residência.

Caminhei calmamente até a porta, procurei a chave na bolsa e não a achei. Coloquei a mão na maçaneta e estava aberta, olhei para fora e o carro do meu pai não estava por ali. Talvez, esteja na garagem.

Entrei, olhando pelos dois cômodos à minha vista. Ele não estava por ali, mas pela janela da cozinha que dá para a garagem, dava para ver o carro dele.

Fechei a porta atrás de mim e fui até a geladeira, a abri e peguei algo para comer. Após conversar com Vinnie sobre aquilo, o loiro vem me dando muito apoio e desabafar com ele todos os dias, está me ajudando a comer melhor.

Assim que fechei a porta do eletrodoméstico, dei de cara com o meu pai na escada. Os braços cruzados na altura do peito.

- Oi. - Falei quebrando o silêncio, ao mesmo tempo que andei até a bancada e me sentei.

- Oi. - Ele falou.

O mais velho se encaminhou até a cozinha, passou por mim e pegou uma jarra de água na geladeira. Em vez de se sentar à bancada como eu, ele ficou atrás de mim na pia. Isso fez eu me sentir desprotegida por estar de costas para ele. Mas sem ele perceber, mudei de lugar.

- Queria te avisar sobre uma coisa. - O mais velho falou após um grande silêncio.

Não disse nada, apenas esperei ele falar o que tinha para falar.

- Vamos nos mudar.

Parei de mastigar o sanduíche frio que eu comia. Senti vontade de colocar tudo pra fora, senti uma ânsia vindo da minha garganta. Meu coração acelerou e minhas mãos começaram a tremer.

- Como é? - Perguntei depois de engolir com grande dificuldade, a comida que estava na minha boca.

- Vamos nos mudar. - Ele repetiu. - E essa semana ainda.

"Você já tem dezoito anos, é dona de si mesma, como sempre foi. Não precisa ir com ele". Pensei comigo mesma.

- Carolina do Norte. - O mais velho continuou, agora se virando para mim.

"É do outro lado do país. Não posso ir, não posso deixar o Vinnie, a Maddy, não posso deixar meus amigos."

- Proposta de um emprego melhor lá. - Ele continuou falando.

- Eu não vou. - Tomei coragem para falar. - Eu... eu não preciso ir com você. Já tenho dezoito anos caso você tenha se esquecido.

- Ah deixa eu adivinhar? - Ele riu sínico. - Você está contando com aquela herança não é? Pois saiba, que sem mim, você não consegue tirá-la do banco, pois eu ainda sou seu tutor.

- Você era. - O corrigi. - Agora eu não preciso mais de um "tutor", na verdade, nunca precisei. Eu vou me mudar sim, mas para longe de você.

Me levantei e continuei encarando-o pelo outro lado da bancada. Meu coração acelerado, quase saindo pela boca.

- Você vai comigo. - Ele falou. - Parece que já tinha até adivinhado, não é? Aquela mala enorme feita no seu quarto.

- Você entrou no meu quarto? - Perguntei perplexa. - Além de tudo que eu passo aqui, morando com você, nem privacidade eu tenho mais, é isso mesmo?

- Será bom para você, ficar longe de certas pessoas. - Ele disse.

O velho estava com um olhar maldoso, em uma das mãos o copo com água, bebendo calmamente como se estivesse tendo uma conversa saudável comigo.

- Quem você está insinuando...

- Pensei que depois da vergonha que fiz você passar na frente deles, você desistiria de voltar naquela pista. - Ele me interrompeu. - Não me deu ouvidos, não foi? Voltou lá e até beijou um deles pelo o que eu vi, ou - ele riu - foram todos eles?

- Cala a boca. - Murmurei, mas ele aparentemente escutou. - Cala a porra da boca.

- Acho que devo me preocupar com o loirinho alto, não? Foi com ele que eu vi você grudada.

- Se eu estava "grudada" com ele isso é problema meu. - Falei alteando a voz. - Desde sempre eu fui responsável por mim mesma, não é agora que você vai querer se intrometer na minha vida, é?

- Sempre soube que você seria assim S/n Christie. - Ele sorriu. - Muito bonita, como sua mãe era. Imaginei que você fosse virar uma putinha de mer...

- CALA A PORRA DA BOCA. - Gritei. - Você não sabe do que está falando! Você não me conhece e nunca me considerou como sua filha, então, pare de me desmerecer!

Ele ficou quieto, mas estava irritado, eu sabia disso. Em todas as nossas brigas, ele sempre fica assim quando eu respondo de forma inesperada. Na maioria das vezes, depois que isso acontece, eu subo pro meu quarto. Mas agora, eu vou sair dessa casa.

Peguei minha bolsa na cadeira e quando eu me dirigi até a porta, ele apareceu na minha frente. Dei uns passos para trás e ele me seguiu, no momento que eu pensei em correr, ele me segurou pelo pescoço, me encostando na parede.

O velho me levantou no ar, minhas costas encostadas na parede gelada. Comecei a bater nele com as minhas mãos e agitar minhas pernas contra ele, mas nada disso adiantou.

Minha respiração começou a falhar. Tudo que vivi se passou através dos meus olhos e eu pensei, que finalmente teria paz.

Mas alguém entrou pela porta, arrombando-a. Vi um vulto alto, que usava um moletom preto e um boné da mesma cor. Ele correu na minha direção e depois disso, eu apenas senti meu corpo caindo contra o chão. 

- 🤍 -

oioii amores como vocês estão? espero que bem :))
saudades, muita saudades de postar AAAAAAA infelizmente, segunda o wattpad vai ficar fora do ar por algumas horas, mas acho que se eu tiver capítulos para postar, conseguirei.
vou usar o fim de semana, o recesso e o feriado para escrever :)

odeio o pai dela, mas odeio muito 😤

não se esqueça de votar e comentar ❤️

beijos mf.

𝐃𝐀𝐃𝐃𝐘 𝐈𝐒𝐒𝐔𝐄𝐒 - ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora