Sina Deinert
Noah deu as costas para o inimigo ciente que ele não poderia fazer nada contra ele, mas como uma cobra que aguarda o momento certo para dá o bote, Jason agiu na covardia. Mal tive tempo de contrair os olhos porque o horror da cena seguinte conseguiu fazer meus olhos pularem das órbitas. Foi tudo tão rápido que tive apenas um centésimo de segundo para ver o homem que gemia de dor, todo contorcido no chão, atirar. Um tiro que desencadeou três. Eu deveria ter fechado meus olhos, não deveria ter visto aquela cena. Mas uma parte muito estúpida de mim, precisava ver, não importa o quanto eu me avisei sobre o estrago que aquilo faria em minha mente. E nada foi perto o suficiente para me preparar plenamente para a realidade do que estava na minha frente.
Corpos.
Em milésimo de segundos eu estava diante dos corpos das pessoas as quais eram receptoras dos meus sentimentos mais fortes. Satisfação foi a primeira sensação que senti ao ver os buracos entre os olhos de Jason e seu comparça. Depois veio a dor. Dentro e fora eu estava queimando com a visão do homem que eu amava imóvel aos meus pés. Dor implacável afiada queimou através de mim e me arrastou de volta do precipício do desconhecido.
— Porra! —Alguém gritou num misto de atordoamento e preocupação.
Meus joelhos cederam e antes que beijassem o chão, alguém me amparou. A onda de de dor se espalhou por meu peito, incapacitado-me. Fiquei imóvel, cega e surda para tudo, meus sentidos mais uma vez falhavam, mas agora eu não tinha mais urgência em despertá-lo. Eu queria apagar, sumir dali, queria acordar em outro lugar, um lugar belo e fresco, onde tudo aquilo seria um pesadelo.
— Chamem os paramédicos—Alguém gritou, mas não fiz o mínimo esforço para identificar quem era.
Eu estava devastada. O medo começa a borbulhar em mim e meu estômago revolto anuncia que estou prestes a passar mal. O chão é varrido dos meus pés com velocidade absurda e me sinto caindo em um abismo sem ter onde me agarrar.
— Não, porra! —Pepe se ajoelha ao lado de Noah.— Vamos, Noah, fique acordado...—Ele acerta tapas leves em seu rosto.
Mas nada. Nenhum um som. Nenhum suspiro.
— Ele não pode me deixar... — Sussurrei em pânico.
Ele não podia morrer, tinha que aguentar e sobreviver. Sempre foi tão forte, resistente à dor e cheio de vitalidade que a ideia de perdê-lo parecia algo impossível.
— Ele está perdendo muito sangue!—Gritou Lian, supernervoso.
Agora minha cabeça doía. Tinha a sensação de que meu crânio ia desintegrar e se fragmentar em milhares de pedaços a qualquer instante. Tudo latejava, qualquer movimento me deixava tonta.
— Vai ficar tudo bem, Sina. Os paramédicos já estão a caminho —Josh me envolve com seus braços.
Alguns minutos depois, os paramédicos entram no quarto e colocam ele em uma maca. Doeu em minha alma ver meu ogro que é tão cheio de si, poderoso em todas suas atitudes, toltamente indefeso. Minhas mãos estão frias, lágrimas banham meu rosto, o sentimento de nunca mais vê-lo sorrir, ter crises de ciúmes, abrir sua cartilha indecente, não tocá-lo, não ouvir sua voz é agoniante dentro de mim.
— Senhor, solte ela —Olho para o lado e um dos paramédicos pede à Bailey para soltar Jeky que estar inerte no chão.
O nó no meu peito se apertou e se transformou em uma dor aguda, dilacerante. Apesar de tudo, eu ainda sentia algo por ela. Mesmo sabendo que jamais conseguiria perdoá-la, eu não queria vê-la morta.
— Por que?
Num ato impensado, Bailey agarra o corpo desacordado de Jeky, balançando com força.
— Por que você foi uma maldita cadela?— Ele enterrou o rosto em seu cabelo e chorou. Ele xingou, ele jurou, e ele ficava perguntando por que uma e outra vez.
Naquele momento, eu soube que Bailey sentia algo por Jeky, e eu me pergunto se ele acabou de descobrir.
E se ele fez, agora pode ser tarde demais.
— Solte-a, não complique as coisas—O paramédico advertia do estado conturbado de Bailey.
— Eu estou com tanto ódio de você agora—Sua voz saía entrecortada em meio aos soluços.
— Solte-a —As trêmulas mãos do paramédico tentou puxá-lo.
Dessa vez Bailey permitiu e liberou Jeky de seu toque desesperado.
— Vamos, Sina.—Josh me ajudou a andar.
Não dei dois passos quando uma pontada de dor de cabeça enlouquecedora me atingiu abruptamente, como se um aneurisma tivesse a ponto de estourar meu crânio.
Inferno, minha cabeça vai explodir!
— Sina, está sentindo alguma coisa? —Josh pergunta
— Só uma dor de cabeça. —Dei mais alguns passos com sua ajuda, mas antes de chegar a porta, senti algo pesado e pegajoso escorrer pelas minhas pernas.
A adrenalina bateu com força total e meu corpo estava lutando para lidar com a inundação de hormônios na minha corrente sanguínea. Eu movo minha mão até minha calcinha e sinto o tecido molhado. Não preciso olhar para saber, mas eu faço de qualquer maneira. Trago a minha mão até eu ver o sangue cobrindo minha pele e meu coração afunda. Minha visão oscilou e náuseas queimaram na minha garganta.
— Josh... —Minha voz não passava de um sussurro baixo.
— Sina? —Ele tentou olhar em meus olhos.
— Os bebês —Eu gemi, uma dor profunda na boca do estômago, de repente insuportável.
Meus joelhos dobram e eu começo a cair, mas Josh me segura forte.
— Oh, meu Deus—Ele resfolegou quando viu o sangue — Calma, vai ficar tudo bem. Eu tenho você— Josh me pegou nos braços com cuidado e correu escada abaixo comigo, enquanto eu me contorcia de dor.
De repente, eu não me sinto bem, minhas pálpebras se tornam pesadas demais para eu segurá-las abertas.
— Ei, — Josh agarra meu rosto — Olhe para mim. Concentre-se em mim, garota. Não feche seus olhos.
— Estou cansada — Eu argumento.
— Você tem que ficar acordada, Sina.
Eu tento, mas não consigo. Eu me sinto tão desorientada que vou e saio da realidade.
— Oh meu Deus! —Alguém corre e me pega dos braços de Josh.
— Calma, Bailey — Josh repreende.
Eu estou tremendo, mas eu não me lembro de estar tão frio.
— Isso é ruim, não é? —Eu pergunto, segurando as mãos ensanguentadas de Bailey. — Os meus bebês estão indo embora?
— Não diga isso — Ele engasga.
— Protege eles, Bay. Por favor, protege meus filhos...
Outras pessoas chegam e imediatamente começam a me mover. Tudo na minha visão é distorcida quando uma névoa me rodeia. Tive estados alternados de consciência e inconsciência, porque eu acordei para me encontrar fora do quarto, enrolada em um lençol. Algo mais pesado foi jogado em cima de mim e a próxima coisa que eu sabia, era que eu estava nos braços de Bailey, pressionada contra o peito. Apesar de querer saber o que estava acontecendo, eu estava drenada. As baixas vibrações de quando Bailey falava me guiaram para o sono.
Deus, salve meus bebês —Eu pedi em silêncio.
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40k mds, da onde surgiu tanta gente? Aaaaa eu amo vcs 🤍🗽VOTEM🗽
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🗽VOTEM🗽Xoxo, Anny 🦊
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NOIVOS POR ACASO - Noart
Fanfiction[Concluída] Ele é o CEO de uma das maiores empresas de Nova Yorque. Bonito, bilionário, incrivelmente sexy e um cafajeste de primeira espécie. Ele não aceita relacionamentos sérios em sua vida, apenas se permite envolvimentos momentâneos, aventuras...