55- Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

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ATENÇÃO!!!!! CAPÍTULO COM CONTEÚDO SUPER SENSÍVEL. É uma leitura muito forte e emocional. Você foi avisado.

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Noah Urrea

Duas semanas e nada. Nenhum sinal de Sina.

O zumbido de milhares de insetos enchia o ar da noite me deixando ainda mais irritado. Eu estava perdendo minha maldita mente imaginando as atrocidades que Sina estava sofrendo, se é que ainda estivesse viva. Eu não conseguia comer, não conseguia dormir, não podia pensar em nada, somente imagens horríveis, dançando por trás das minhas pálpebras mais e mais, queimando em meu cérebro. Tudo em mim doía. Meus músculos, minhas articulações, meu coração, minha alma. Quando eu finalmente esgotei fisicamente, eu entrei em colapso em uma pilha suada no chão e caí contra a parede do meu quarto para recuperar o fôlego.

— Noah...—Sofya deslizou para baixo ao meu lado. — Você está bem?

Com os cotovelos sobre os joelhos dobrados, coloquei a cabeça entre as minhas pernas e passei a mão pela parte de trás do meu pescoço úmido.

— Não, eu não estou bem, porra.

Eu estava malditamente drenado. A falta de sono, os pensamentos confusos, a preocupação com a mídia constantemente ligando e vigiando minha porta, a busca constante que resultava em nada dia após dia.

Fodidamente esgotado.

— Por favor, não desista, nós vamos encontrar ela. —Sofya passou as mãos por meus cabelos.

Eu balancei a cabeça em silêncio. Fechei os olhos e rezei para que Sina tivesse força física para sobreviver até que eu pudesse resgatá-la. Ela tem o psicológico forte, eu vi o seu espírito incansável muitas, muitas vezes.

Mas será que a minha menina resistiria por muito tempo?

Ou seria ela uma vítima da desesperança?

Como estaria nossos bebês?

Será que Jason iria quebrá-la novamente?

Será que eu sequer a encontraria? E se eu a encontrasse, ela seria a mesma mulher?

Essas perguntas começam pertubar a minha mente e fico à um passo da loucura.

— Noah! —A voz profunda de Pepe perfurou o ar da noite e a natureza ficou em silêncio.

A porta do quarto se abriu e ele foi o primeiro a entrar, sendo acompanhado por passos pesados que trovejavam pelo corredor. Logo toda minha família estava no quarto. Forcei meu corpo cansado para os meus pés e acompanhei o grande grande espaço de repente parecer pequeno.

— O que está acontecendo? —Perguntei. Meus olhos se encontraram cada um deles e o que eu vi fez o meu coração pular na minha garganta e vibração agredir meu estômago.

Será que aquela era a notícia que eu tanto recusava receber?

— Encontramos ela, meu filho. Encontraram nossa menina.—Minha mãe sorriu.

—O quê?—Depois de quatorze dias, a esperança volta a me acalentar — Onde? Como? Diga-me tudo.

— Temos um endereço. —Pepe disse.— Um dos homens que está sequestrou Sina foi localizado e ele está em uma casa a duas horas daqui. Há bastante movimento em sua conta bancária. Todos as transações envolvem um homem chamado Jason Park.

— Filho da puta! —Fui até o cofre e o abri, retirando armas. — Continue falando.—Eu disse enquanto carregava pentes de balas em minhas armas e comecei a colocá-la nos coldres de couro.

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