A melhor coisa nele é quando se olha nos olhos dele.

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– Josh acabara de entrar em seu quarto pela janela., E à medida que fazia esforço para não chamar atenção de sua tia quando tropeçava em suas roupas sujas e matérias espalhados pelo chão, sua perna doía ainda mais. Respirava rapidamente como se aquilo fosse aliviar a dor e então se jogou em sua cama fazendo uma careta não muito agradável quando sua perna fez contato com o colchão.

Aos poucos ele retirou seu traje e ficou apenas com sua box branca encima da cama. Ele percebia seu corpo ficar fraco e sua testa suar, tudo isso por causa da maldita dor. Conseguiu se levantar da cama e então pegou uma caixa de primeiros socorros escondida no fundo de seu guarda-roupa, pra quando coisas assim acontecessem...

Seguiu com o kit até o banheiro de seu quarto e se assentou com as costas escoradas na parede bem embaixo do chuveiro, ligou o mesmo e deixou a água cair sobre a perna. Ele não pôde evitar, gritou de dor assim que sentiu a água se chocar contra o ferimento e fazê-lo arder ainda mais.

— Josh?! Já chegou? Por que não entrou pela porta da sala? Já disse que não gosto quando entra pela janela desse jeito.

Apenas seu grito de dor chamou a atenção de sua tia que largou seu crochê e subiu as escadas ficando do lado de fora do quarto do loiro. Tia May não podia vê-lo daquele jeito, ele não poderia abrir a porta de maneira alguma.

— Tia, podemos conversar outra hora?

Ele fechou o chuveiro e se sentou na privada, pegou sua toalha e colocou na boca. Pegou seu antisséptico e derramou em volta do corte feito pela bala, o que conseguiu fazer o ferimento arder mais e se não fosse a toalha em sua boca, Tia May iria se assustar com seus gritos.

— Qual o problema? Como foi com o Noah? – Respondeu a mulher ignorando completamente a tentativa de Josh para tira-la de lá.

— Foi bom...

— Abre a porta querido, vamos conversar!

— Eu estou pelado!

Ainda suando ele rapidamente pegou uma atadura e passou em volta de sua perna, a dor havia começado a cessar a partir daquele momento. Mancando ele foi até a porta e abriu mostrando apenas seu rosto e uma parte do pescoço.

— Sabe quantas vezes eu já te dei ba...

— Tia! – Ele a interrompeu antes que pudesse completar.

— Ah, oi querido. Vocês se divertiram?

— Muito... ele é bem legal.

A mulher abriu um belo sorriso para ele sentindo orgulho e deslizou a mão pela sua bochecha, em seguida o pegou de surpresa e puxou sua orelha para baixo, fazendo Josh torcer o pescoço e sentir dor, novamente.

— Ai ai!

— Joshua, não quero mais você entrando pela janela, entendeu?

— Sim! para tia... aaaaaa!

— Certo, boa noite querido.

Ela soltou sua orelha e imediatamente Josh esfregou a mão no lugar que ficara vermelho. Terminou depositando um beijo na sua bochecha e voltando de volta para a sala.

Se ela soubesse o caos que estava do outro lado da porta, pensaria duas vezes antes de implicar com Josh. O garoto tinha acabado de capturar um terrorista e salvar dez pessoas, terminou com um raspão de bala em sua perna e com a consciência pesada por não poder se encontrar com o menino que ele gosta e ainda mentiu para ela sobre isso.

Mas com todas as coisas que ele já fez, todos seus feitos e responsabilidades que ele tinha que tomar sendo o Homem-Aranha, um puxão de orelha de sua tia não era nada.


My superhero - NOSHOnde histórias criam vida. Descubra agora