Viver uma vida dupla parecia ser emocionante e divertido em filmes e novelas, mas para Jeon Yunna que vivenciava esse fato todos os dias, era totalmente ao contrário. Ela só não imaginava que um reencontro com Park Jimin pudesse mudar a sua realidad...
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The bed's getting cold and you're not here
The future that we hold is so unclear
But I'm not alive until you call
And I'll bet the odds against it all
The Heart Wants What It Wants - Selena Gomez
Perspectiva de Jeon Yunna
Encurralada novamente, como se tudo se repetisse por muitas e muitas vezes seguidas. Nada além do gosto salgado da água me deixava mais enjoada e desesperada, sem mencionar a ardência que provocava em meus olhos. Por mais que eu os fechassem, não adiantaria.
Eu tentava gritar, tentava abrir os olhos para poder chamar por ajuda no horizonte, no entanto, tudo que eu ouvia era o borbulhar da água adentrando em meus ouvidos. E uma tela azul infinita diante dos meus olhos semicerrados.
A força daquela imensidão azul me jogava de um lado para o outro, querendo tirar de mim o que podia me manter acordada antes que o pior acontecesse.
Afundei. Me ergui para a superfície novamente, abrindo um pouco os olhos e avistando minhas mãos pequenas e trêmula. Foi por segundos, pois em segundos eu afundei de novo. O desespero tomando conta de mim sem conseguir pensar, gritar, sem ter um única chance de saber se sairia dali viva. Meu corpo pequeno e fraco não aguentaria, minhas pernas não tinham forças para se mexer. Eu iria morrer.
"YA! MENINA! " Foi emitido em eco constante, eu ouvia. Ouvia de longe um barulho abafado, pareciam batidas...
Acordei num sobressalto. Os cabelos desgrenhados voaram com a força em que me levantei ao sentar na cama com tudo. Minha testa suada e fria, minha respiração ofegava tanto que me pergunto se estava mesmo dormindo ou correndo. É quando percebo que foi um sonho. Um pesadelo. E, o que me fizera acordar fora o som do prendedor da cortina batendo no vidro da porta da varanda, um pouco aberta.
Levo as mãos até as têmporas e suspiro, pesado e devagar. Foi só um pesadelo, e parecia que eu estava me afogando de novo.
Me jogo na cama novamente, lembrando que deixei meu celular em algum lugar da cama. Tateei por debaixo dos travesseiros e lençóis e lá estava, contornado em uma case branca com estampas de patinhas rosadas.
Ligo a tela a desbloqueando, e vejo que deixei Jimin sem uma resposta na conversa de ontem. Sorri para seu contato salvo, lembrando do quando me fizera rir com suas piadas bobas em mensagens.
