Viver uma vida dupla parecia ser emocionante e divertido em filmes e novelas, mas para Jeon Yunna que vivenciava esse fato todos os dias, era totalmente ao contrário. Ela só não imaginava que um reencontro com Park Jimin pudesse mudar a sua realidad...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
You came out the blue on a rainy night, no lie
I tell you how I almost died, while you're bringing me back to life
Angel Baby - Troye Sivan
Perspectiva de Park Jimin
— Assim? — Yunna pergunta enquanto corta pedacinhos mínimos da cebola. Tarefa qual ela tratava como um bicho de sete cabeças, já que fazia tudo com toda cautela do mundo.
— Isso, quanto menor e mais finos os pedacinhos, melhor — informo a ela, enquanto averíguo o caldo fervendo na panela prateada.
Já havia passado alguns dias desde a festa do BE, e desde então as coisas vinham melhorando depois do evento. Tanto o bar, quanto o orfanato estenderam sua taxa de sucesso. Doadores anônimos apareciam, e o bar estava sempre cheio. Me sinto feliz, porque além disso, meu relacionamento com Yunna só engata em melhorias e positividades. Nossa convivência se fortalecia ao decorrer do tempo, demonstrando que embora as diferenças apareçam de vez em quando, com calma e união nós podíamos, e conseguíamos resolver.
Naquela manhã de sexta-feira, Yunna se ofereceu para cozinhar comigo. Ela alegou querer muito aprender algumas coisas, ainda que fossem coisa básicas como cortar legumes ou temperar algas.
— Como foi a última consulta? Esqueci de perguntar na semana passada — pergunto à ela, sem tirar meus olhos da panela qual agora, adiciono gotinhas de molho shoyo. — Você se sente melhor?
E é verdade. Yunna comentou comigo sobre a consulta, mas não foi tão objetiva no relato. Agora que me recordei, fiquei curioso para saber sobre seus avanços.
— Foi tranquila — responde Yunna, cortando a cebola como sua vida dependesse daquilo. — Senti que a Dra. Jung foi mais direta do que das outras vezes. Ela disse que tenho que sair da minha zona de conforto e que eu poderia... dar uma chance pra minha mãe.
— Uma chance?
— É, ela... — ouvi ela suspirar pesado, e é quando paro para prestar mais atenção em seu rosto. — Acha que devo? Minha mãe só diz que quer conversar, mas... e se não for da maneira que eu esperava?
— Você nunca vai saber se não tentar — volto a dar atenção para a panela no fogão. — Desculpe se estou sendo direto demais, mas talvez a Dra. Jung esteja certa, amor. Não vai ser uma tempestade. E lembre-se... ninguém pode te obrigar a nada.
