10. Me abraça, e não me solta

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Lonely eyes

No, you don't have to hide

The things you feel inside, I feel too

'Cause I'm lonely just like you


Lonely Eyes - Lauv



Perspectiva de Jeon Yunna



Sexta-feira, 11h27 da manhã.


Exatamente agora, eu deveria estar na faculdade, terminando uma prova do semestre que me preparei por dias. O motivo para qual não o fiz, fora meu pai. De novo, estragando tudo que não seja algo que convém à ele.

Na noite anterior, meu pai me chamou em seu escritório e disparou seus planos para hoje, que seria me trazer até a empresa e ter que aguentar reuniões entediantes como se eu estivesse realmente interessada. De fato, para ele e na cabeça dele, eu estava, no entanto... Minha mente estava longe. Muito longe.

Enquanto batia a sola do scarpin branco no piso plaino e brilhante, eu protestava mentalmente. Xingava meu pai de todos os nomes possíveis porque, por culpa dele, pelas suas exigências sórdidas que me aplica, eu perdi um baita provão, e nem sei se conseguirei outra chamada. Pedi para Eunha tentar fazer um acordo com o professor por mim, entretanto, as chances eram mínimas já que esse tal professor, detestava irresponsabilidades, segundo ele.

Suspiro fundo. A cada segundo que a situação em que estou vem em minha cabeça, sinto vontade de deixar esta sala depois de esfregar o dedo do meio na cara do pai.

Mas agora, cá estou eu, vestida de cores claras dos pés a cabeça em peças caras de roupas de grife; a calça cinza social delineava meus quadris, como quase todas que se adequam ao meu corpo. E a camisa de botões branca de seda, deixava as jóias douradas em destaque.

Seguro um iPad enquanto me mantenho inerte e internamente impaciente ao lado do meu pai, que no momento conversa com o lapidador sobre qual seria o destino de uma pedra pequena de diamante vermelho recém-chegada, sem brilho e com raspas de terra, em cima da mesa em frente ao lapidador que permanecia sentado. A sala silenciosa, um tanto ampla e clara pelos vidros que refletiam a luz do dia, deixava nossas vozes com um semi eco.

— Nós nunca trabalhamos com esse tipo de diamante. É a primeira vez — afirma o lapidador, avaliando a pedra com uma lupa de aumento. — Alguma ideia para corte, senhor?

— Hm... — Meu pai emite, com os dedos no queixo. Eu apenas aguardo calada, tentando ficar longe o máximo dessa conversa. — Yunna, quer dar uma opinião?

Duality  • Beijos de Vinho e RosasOnde histórias criam vida. Descubra agora