Capítulo 4 - "A filha doente do prefeito"

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-Hospital?

-Sim, ele me disse que sofreu um acidente de carro, que ficou em tempo sem celular porque os pais dele não deixaram ele mexer enquanto se recuperava - Explico e uma das sombrancelhas da mulher em minha frente se arqueia

-E o que você acha sobre isso? - Areum me pergunta

-Bom... Eu acho meio repentino né, mas não é como se ouvesse dia e horário marcado para poder acontecer um acidente. Mas eu acredito nele, não acho que ele mentiria sobre isso para mim - Vejo ela anotando em seu caderninho alguma coisa - Quando vejo você anotando ai já me preocupo

-Diagnóstico. Mas como está de sentindo referente a isso?

-Bem estou feliz, estou muito feliz em saber que ele está bem agora, pensei que nunca mais conversaria com ele, e só de pensar nisso sinto um aperto em meu coração. Estava sentindo muita falta, é difícil sofrer sentindo falta de alguém e não compartilhar com ninguém

-Você não vai contar mesmo para ninguém da sua família? Nem para a sua irmã

-Minha irmã tentaria me aconselhar, e me acharia louca por nem ao menos saber o nome dele. Nesses últimos dias estava mesmo me julgando por conta disso, mas esquece! E se algo mais desse errado, ela me visse triste ou estranha, ela contaria para a minha mãe. Minha mãe iria surtar, e não aceitaria isso, provavelmente me obrigaria a voltar para casa e eu não quero isso, minha mãe não me entenderia - Dou um suspiro

Quanto falava eu raramente mantia contato visual com a pessoa, e com minha psicologa não é diferente, eu reparo na sala dela inteira, só não mantenho contato visual por muito tempo. A sala era de coloração cinza claro, havia a mesa dela uma cadeira que dava para deitar bege,uma estante de livros grande, alguns quadros mas paredes de paisagens, aonde eu estou, ao lado uma poltrona da mesma cor, havia um tapete extenso, e uma área com vários brinquedos, aonde ela fazia consulta com crianças.

Mais alguns minutos falando sobre isso, estava quase no final da minha terapia, quando ela pergunta:

-Tem mais algo? - Ela sempre sabe! Não é possível! Nunca consigo deixar nada passar despercebido

-Minha mãe está estranha, bom ontem ela me ligou, é obviamente estava chorando mas não quis admitir. Isso me preocupa, agora que não estou mais perto dela nem do meu pai, não estou lá vendo como eles estão, ela não me disse porque esta chorando e isso me deixa ansiosa. E algo de diferente, ela decidiu tirar férias, e vir aqui para Seul, mas ela nunca tira férias assim, em todos esses anos

-Talvez ela queira apenas visitar vocês? Estão morando longe agora, ela deve querer passar um tempo com vocês

-Ela não passava um tempo com a gente bem quando morávamos lá, por que derrepente? Deve ter um motivo

-Bom, por hoje é só! - Eu me levanto da cadeira aonde eu estava - Nos vemos sexta?

-Sim - Respondo pegando minha bolsa

-Toma seus remédios certinho, dores de cabeça, crises, se sentir mau, qualquer coisa me manda mensagem ou me liga, ainda mais se você sentir "aquilo" novamente

-Vocês sempre fala isso quando terminamos

-É para não esquecer - Ela se levanta também

-Não vou! Você sabe, qualquer coisa que acontece você é a primeira na qual eu ligo - Vamos até a porta é ela abre - Tchau

Meu Namorado É Um Fake - Lee HeeseungOnde histórias criam vida. Descubra agora