Aᴍᴏʀ Pʀᴏɪʙɪᴅᴏ 2 ʷⁱᵗʰ Aɪᴅᴀɴ Gᴀʟʟᴀɢʜᴇʀ (Cᴏɴᴄʟᴜɪ́ᴅᴀ)

- capítulo 23

Eu estava no carro Aidan e as gêmeas, nós já estávamos a caminho do aeroporto onde ficava o jatinho de Gallagher. O meu marido dirigia o carro com ódio nos olhos, nós não falávamos nada e as vezes eu o via apertando o volante com tremenda força. Eu estava triste por conta da minha pequena Maitê, porém estava preocupada por Aidan. Eu sei que ele está planejando algo horrível para os Bad Pulls, dá para perceber pelo jeito em que ele olha fixamente para a direção do carro, sem desviar seu olhar para outro canto qualquer.

S/n: Aidan... - Tentei falar algo.

Aidan: Fica quieta, eu não quero falar nada ou se não vamos acabar brigando. - Ele disse simples.

S/n: Ok... - Assenti e virei-me para trás e vi Maitê brincando com Morgan, às duas estavam batendo as mãozinhas uma com a outra, e logo gargalhavam. Não sei como está sendo para Maitê não conseguir ouvir nada, mas eu sei que ela está se divertindo com a sua irmã e sei que vai ficar tudo bem com ela...

[...]

Após chegarmos no aeroporto, peguei Maitê e Hilary ficou com Morgan, enquanto Millie pegava Matthew no banco de trás do seu carro e os meninos e Megan carregavam as malas. No caso, Megan apenas levou a bolsa das gêmeas e de Matthew, mas conta como um só.

Fomos andando para o jatinho e eu senti uma sensação estranha e logo um enjoo.

S/n: Hilary, fica com as gêmeas pois eu preciso ir ao banheiro. - Pedi e ela assentiu, então coloquei Maitê no chão e Hilary pegou na mãozinha dela. Tentei andar o mais apressada para o banheiro e ao chegar lá, procurei uma privada e vomitei tudo o que comi e o que não comi também. Tudo mesmo.

Senti alguém segurar o meu cabelo e terminei de vomitar, sentindo meu estômago embrulhado e me levantei ainda de costas para a pessoa. Apertei a descarga e me virei para trás, tomando um susto ao ver Scott ali.

Scott: Lave a boca e apenas me obedeça, nós vamos sair daqui e não quero que você banque a espertinha. Me entendeu? - Ele disse com uma arma apontada para mim e eu assenti, fui até a pia e lavei minha boca e logo sequei com o papel toalha dali. - Isso, boa menina... Agora vamos! - Ele disse pegando em meu braço e me levando para fora do banheiro, começamos a andar pelo aeroporto e ao chegar lá fora eu pude ver um carro preto e provavelmente nos esperando. - Entra. - Eu não podia fugir, não tinha como, então apenas entrei no carro e logo Scott entrou no banco do passageiro.

Quem dirigia o carro era um homem do qual eu nunca vi na vida, ao banco de trás tinham mais dois que me prenderam no meio, dificultando e impedindo que eu talvez pudesse sair dali. Então, senti um pano ser colocado em minha boca e logo tudo escureceu. Merda.

[...]

Acordei em um lugar escuro, senti as minhas mãos presas e meus tornozelos também. Minha respiração ficou falha ao ver a porta sendo aberta, e logo a luz foi acesa... Me dando a visão de Scott e um médico, tais me olhavam estranho.

Scott: É ela. - Ele disse para o médico e o velho assentiu, vindo até mim e sorrindo ao parar ao meu lado. Deu-me conta de que eu estava em um quarto luxuoso, dois pares de algemas prendiam cada pulso meu na cabeceira da cama, e outras duas algemas prendiam os meus pés no final dela.

Médico: Olá, Srta. S/n. Eu sou o obstetra e ginecologista Edward Monteiro, vim aqui para lhe examinar. - Ele disse simples e abriu sua maleta, que tinha mais coisas do que um próprio consultório.

S/n: Me examinar? Por que? Eu não preciso disso. - Falei assustada.

Scott: Precisa sim, amor. Você vomitou no aeroporto.. Pode ser que esteja grávida, precisamos saber, minha linda. - Scott disse acariciando meus cabelos como se fosse meu marido, filho da mãe.
Como que aquele médico pode achar isso normal? Achar normal uma mulher presa com algemas na cama?
E eu não estou grávida!

S/n: Não estou grávida! - Falei.

Médico: É o que veremos, Srta. S/n. - Ele disse arrumando uns equipamentos.

S/n: Ah, obrigada pelo senhorita, me sinto super importante. - Fui irônica e acabei sendo grossa, o doutor Monteiro nem sequer ligou para isso e levantou a minha blusa, passando aquele gel super geladinho na minha pele. Dei um leve pulinho ao sentir aquilo e Scott riu, pau no cu.

Dr. Monteiro começou os procedimentos, passando aquela máquina na minha barriga e eu apenas bufava e revirava os olhos. Ele trouxe consigo um computador, no qual provavelmente podia ver tudo ali. Em alguns minutos o velho sorriu e virou a tela para Scott e eu... Merda!

Dr. Monteiro: Meus parabéns ao casal, você está grávida! - Ele disse sorrindo e eu arregalei os olhos, encarando a tela do computador incrédula e assustada.

S/n: O que? Não, impossível! Eu não estava sentindo nenhum sintoma, só hoje que vomitei mas isso é normal. Como assim? - Perguntei pasmada.

Dr. Monteiro: Algumas mulheres não sentem muitos sintomas ao engravidar, assim como também não criam barriga e só vão descobrir que são mamães ao nascerem os seus bebês. - Ele respondeu ainda passando a máquina em minha barriga, me dando visão daquela sementinha em mim... Meu Deus!

Scott: E de quantas semanas ela está, doutor? - O arrombado perguntou.

Dr. Monteiro: Aproximadamente 6 a 7 semanas, até mesmo dá para ver o pouco volume aqui. - Ele disse apontando, cara, como raios eu não vi isso antes? Sou tão desligada a esse ponto?

S/n: Que merda... - Murmurei para mim mesma, mas acho que Scott ouviu pois ele me fuzilou com os olhos e logo sorriu. Garoto estranho.

Eu não estava triste por estar grávida, mas também este não é o momento mais apropriado para isso. Enquanto o médico terminava de fazer tudo ali, eu pensava em como Aidan ficaria ao descobrir minha 2° gravidez. Provavelmente irá ficar muito feliz e eu espero que ele fique mesmo. Mas eu estou preocupada, quero sair daqui, estou com medo do que podem fazer comigo.

Scott: Você não está feliz? - Ele perguntou quando o médico saiu do quarto. - Vamos ser papais, meu amor. - Scott falou se aproximando e se sentando ao meu lado na cama.

S/n: Não, eu e o Aidan vamos ser pais. Você, não! - Falei e senti meu rosto arder, Scott havia me dando um tapa. Virei-me o para ele e o encarei com sangue nos olhos. - Pode me bater, mas você sabe que o pai do meu bebê é o Aidan. - Continuei falando.

Scott: CALA A BOCA, PORRA! - Ele gritou, quase me batendo novamente mas hesitou antes. - O AIDAN NÃO VAI SABER DISSO, VOCÊ NÃO VAI SAIR DAQUI!! - Scott gritou mais uma vez e se levantou, saindo do quarto e batendo a porta com muita força.

Senti meus olhos marejarem e começei a chorar, olhando para a minha barriga que estava marcada pela blusa e vendo o pouco volume ali. Em meus pensamentos eu pedia para que Deus me ajudasse, para que Aidan me achasse, para que meu mais novo bebê ficasse bem e para que tudo desse certo...

CONTINUA....

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