Thirty Seven

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B.F.F

O resto da tarde correu tranquilamente.

Depois de terminar nossas comprinhas no sex shop, eu e Katherine fomos correndo direto para o trabalho. Assim como no decorrer da semana, a noite passou se arrastando como uma lesma. Por ser sábado, o movimento no bar ficava mil vezes mais intenso e insuportável do que o normal. E isso significava o dobro de trabalho para a pobre garçonete aqui. Quando o expediente chegou ao fim, eu estava acabada. Meus pés doíam de tanto andar de cima pra baixo, carregando bandeja de bebidas para os mais variados tipos de clientes babacas. Argh!

Tudo o que eu queria era minha casa, um banho quente e minha cama.

Felizmente, já me encontrava aquecida debaixo das cobertas. Agora era só fechar os olhos e dormir pelo resto da madrugada.

Bom, era isso o que eu esperava...

Os ponteiros do relógio já deviam marcar quatro da manhã em ponto. Fazia mais ou menos uma hora que eu estava deitada, me revirando inquieta sobre o colchão. Do meu lado, Katherine respirava e ressonava com calma, dormindo como um anjo desde que havia colocado a cabeça no travesseiro. Já eu? Tinha perdido todo o meu sono.

Que maravilha, não é?

Estiquei um dos braços até a mesinha de cabeceira, pegando meu celular que costumava ficar sempre ali em cima. Após digitar a senha e desbloquear a tela, cliquei no ícone do Spotify, para escolher entre uma das minhas playlists. Enquanto uma música de batida lenta tocava nos fones de ouvido, resolvi dar uma olhada nas minhas outras redes sociais. Fiz de tudo para tentar me entediar ao ponto de cair adormecida.

Porém, de nada adiantou...

Meu corpo estava completamente exausto, mas minha mente permanecia elétrica.

- Droga!

Resmunguei em um sussurro, colocando o celular e o fone de volta no lugar, encarando meus pés cobertos por meias.

Só tinha uma coisa que conseguia me ajudar nessas horas...

E não era chá de camomila.

Sem mais opções, acabei de me deixando levar pela ideia repentina que havia surgido na minha mente. Como só estava vestindo uma das camisas surradas de Chris que eu costumava usar para dormir, apenas enrosquei os dedos nas laterais da calcinha e a deslizei pelas minhas pernas, chutando a peça para fora da cama em seguida.

Fiquei nua da cintura para baixo.

Com a cabeça confortavelmente repousada no travesseiro, fui descendo minhas mãos pela barriga até chegar na boceta. Quando alcancei o clitóris em uma altura perfeita, meu primeiro reflexo foi fechar os olhos. Isto antes de deixar um suspiro quase inaudível escapar dos lábios levemente abertos.

Pressionando dois dedos com delicadeza no meu ponto mais sensível, comecei a fazer movimentos lentos e circulares em torno do nervo que já ficava endurecido, me estimulando sem pressa. Daquela forma, a excitação iria crescendo e se alastrando aos poucos dentro de mim. Além do orgasmo que explodiria muito mais gostoso.

Céus...

Eu sentia falta de sexo.

A última vez tinha sido com Richard, há quase três semanas atrás, em Malibu. Mesmo assim, eu ainda me lembrava de cada detalhe de tudo o que havíamos feito naquela madrugada. Na praia deserta, no seu quarto e debaixo do chuveiro. Inclusive quando ele me colocou de quatro na cama e me chupou com vontade. Eu gozei tanto em sua boca que cheguei a perder as forças.

Mordi os lábios, repreendendo um murmúrio alto que ameaçou acabar com o silêncio no quarto. Podia sentir minha entrada latejando e se contraindo de vontade de ser preenchida. E, totalmente motivada pelas memórias de Richard me comendo contra o box do banheiro muito vividas em minha mente, enfiei o indicador na boceta. De tão molhada e escorregadia que estava, ele deslizou até o fundo com facilidade.

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