Seventy Five

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Congratulations, you pretend very well

              "Número um, me diga quem você pensa que é?
    Você teve coragem de tentar destruir a minha fé
          Número dois, por que você tentaria me fazer de boba?
     Eu nunca, jamais, deveria ter confiado em você
              Número três, porque você não foi
                      Quem você jurou que seria?"

       I Have Questions | Camila Cabello

Como era bom estar de volta em Hesperia. Meu coração encheu de uma alegria e apertou de tanto nervosismo que eu estava.

Erick, Kath e eu nos despedimos no aeroporto e cada um foi pra sua casa mas logo mais tarde nos encontraríamos novamente no apartamento da minha melhor amiga junto com os meninos.

Quando eu cheguei em casa abracei tão forte os meus pais e mesmo assim ainda não foi o suficiente pra matar toda aquela saudade acumulada, mas graças a Deus eu teria tempo o suficiente pra fazer isso.

Meu pequeno irmão Aaron tinha crescido tanto que parecia que eu tinha passado mais de um ano fora de casa, além de estar a coisinha mais fofa e linda desse mundo.

E foi assim que eu passei praticamente minha tarde toda, aproveitando a minha família.

Depois que eu tomei um belo de um banho e descansei, liguei pra Patricia perguntando se ela podia me ajudar com a surpresa pro Joel, ela me disse que ele estava sozinho em casa e que essa era a oportunidade perfeita pra surpreender ele.

É claro que eu não iria perder a oportunidade, né? Avisei aos meus pais que iria ver meu namorado e logo depois iria pra casa da Kath.

Ainda na ligação com a Paty ela me avisou que escondia uma chave extra debaixo do tapete da entrada, soltei uma risada baixa ao saber disso porque era um dos lugares mais clichês pra se esconder uma chave.

Logo depois agradeci e segui para a casa deles, com um frio na barriga que não me deixava desde que eu saí daquele avião hoje.

Ao chegar lá peguei a chave e abri a porta com o máximo de cuidado possível, não queria correr o risco de fazer algum barulho.

A casa estava um completo silêncio e Joel não se encontrava em nenhum cômodo do andar de baixo, muito menos na piscina que era o lugar que ele mais gostava de ficar então ele só poderia estar no segundo lugar que ele mais gostava. No quarto.

Subi os degraus da escada com o coração martelando dentro do peito. Em um misto confuso de saudade, nervosismo, paixão e ansiedade. Fora da minha zona de conforto.

Joel me tirava da minha zona de conforto.

Eu não sabia o que esperar daquele nosso reencontro. Não depois de termos passado o último mês como dois estranhos e quase sem manter nenhum contato. Porém, eu tinha sentido mais falta dele do que podia explicar com palavras. E apesar de todos os nossos desencontros, eu sabia que ele tinha sentido a minha falta também. Isso era o suficiente pra mim.

Me forcei a acreditar naquele pensamento. Principalmente no momento em que terminei de atravessar o corredor e parei na frente da porta fechada do seu quarto. Eu não iria bater porque minha intenção era mesmo pegá-lo desprevenido. Por isso, respirei fundo e fiz uma rápida contagem mental antes de girar a maçaneta. E prendi o ar dentro dos pulmões enquanto via a porta se abrir centímetro por centímetro na minha frente.

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