A past in the present
"O passado está sempre conosco, apenas esperando para bagunçar o presente"
Gossip girl
Joel
Eu podia ouvir o barulho da chuva caindo lá fora, os pingos se chocando com força contra a janela de vidro fechada do quarto. O que parecia um temporal passageiro acabou se tornando uma tempestade que provavelmente se estenderia pelo resto da madrugada.
Depois do sexo, eu ainda fiquei deitado por um tempo. Tirei o pau da boceta de Alison, mas não me levantei da cama para jogar a camisinha cheia de porra no lixo. Porque estava morto demais para gastar energia me mexendo mais do que o necessário. Além de estar muito confortável naquela posição também. Com o corpo de Campbell colado no meu e nossas peles molhadas de suor que exalavam cheiro de sexo deslizando uma sobre a outra...
Em contrapartida, foi impossível continuar desse jeito por mais meia hora. Minha bexiga começou a doer de vontade de mijar. Se eu não fosse correndo para o banheiro agora, iria morrer incomodado com aquela queimação insuportável do caralho.
Apertei a cintura de Alison e beijei sua nuca suada antes de me levantar da cama. Sonolenta, minha garota apenas bocejou baixinho, se virando para o outro lado do colchão. Ela estava com os olhos fechados e a respiração sossegada. Se eu não atrapalhasse, Campbell provavelmente dormiria um sono profundo pelo resto da madrugada.
Uma vez dentro do banheiro, joguei a camisinha usada no lixo e mijei com dificuldade porque meu pau ainda estava duro como uma pedra. Tomei uma ducha gelada pra relaxar o corpo, me sequei rapidamente com uma tolha e optei por continuar nu mesmo.
Quando voltei para o quarto, percebi que Alison tinha mudado de posição na cama e agora estava deitada de bruços no colchão. Havia um biquinho adorável formado em seus lábios e as mechas de seus cabelos caíam em cascatas por suas costas. Sem falar na bunda redonda e arrebitada inteiramente pelada exposta para mim. Era uma visão que teria feito a cabeça do meu pau se molhar de vontade de comer ela de novo. No entanto, apenas engoli em seco ao reparar as inúmeras marcas vermelhas que estampavam sua pele branquinha.
Eu tinha feito aquilo...
- Puta merda, Campbell... - suspirei pesado, me jogando de novo na cama. Choraminguei enquanto contornava as marcas avermelhadas das minhas mãos em sua bunda cuidadosamente com a ponta dos meus dedos. - Sinto muito por isso.
- Não precisa se desculpar - Ali resmungou em resposta. Isso me pegou de surpresa. Pois realmente achei que ela estivesse dormindo. - Eu pedi pra você me bater.
- Só que eu não devia ter me empolgado tanto.
- Eu não estou reclamando de nada - ela deu de ombros. - Tirando o fato de que vou ficar dolorida por alguns dias, foi ótimo pra mim - abriu a pálpebras pesadas para me encarar, esbanjando um sorrisinho preguiçoso. - Não precisa se preocupar.
Em outro momento, isso teria me deixado com o ego de macho alfa elevado. Contudo, naquelas circunstâncias, a revelação me fez choramingar ainda mais.
- Campbell...
- Me escuta - ela me cortou antes que eu terminasse de falar, esticando um dos braços para pressionar o dedo indicador sobre os meus lábios. Eu suspirei. - Todo mundo tem me tratado como se eu pudesse quebrar a qualquer momento ultimamente. Eu amo o cuidado e o carinho que estou recebendo de todos vocês. E agradeço pela atenção também. Mas as vezes eu me sinto como se fosse uma boneca de porcelana presa dentro de uma caixa. Acho que estava precisando parar de me sentir limitada assim. Principalmente durante o sexo agora. E essa noite você me fez sentir como uma pessoa normal de novo. Inteira e livre. De um jeito que não me sentia há muito tempo - explicou com calma. - Sem passar de nenhum limite.
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Not Steady
RomanceEles eram o oposto um do outro, ela era água e ele o fogo, ela a calmaria e ele a tempestade, enquanto ela dizia "sim" para tudo, ele dizia "não" para tudo, enquanto ela colocava os outros em primeiro lugar, ele se colocava em primeiro lugar. Duas p...