Forty Four

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Outstanding issues

Um mês depois...

Alison

Um mês tinha passado desde que eu descobri que tinha uma força nos punhos que nem eu sabia.

Sim, exatamente 30 dias se passaram desde a minha briga com o Joel no meio do refeitório da faculdade.

Quando eu saí de lá fui amparada por Katherine que me levou para o apartamento dela e lá eu fiquei até de noite, nesse dia nem trabalhar eu fui, o que me custou muito.

Chris foi pra lá logo em seguida e ambos ficaram comigo. Em momento nenhum eu abri a boca pra falar algo e nem eles pediram pra eu explicar o que de fato aconteceu, no fundo eles sabiam que mesmo se esse episódio não tivesse ocorrido uma hora ou outra eu iria surtar com o Joel.

E, bom, assim foi feito.

E por falar no indivíduo, alguns dias depois ele apareceu na porta da minha casa, sim, eu ia bater a porta na cara dele mas ele meteu o pé impedindo que eu fechasse.

Ele se desculpou comigo e se desculpou com os meus pais por todo o transtorno que ele fez minha mãe passar, inventou uma desculpa dizendo que como estava preocupado comigo a primeira coisa que veio a mente dele foi que eu poderia estar me drogando, porque obviamente ele não falaria a verdade.

Meus pais aceitaram as desculpas dele, chegaram até conversar um pouco mas logo depois ele foi embora. Em todo o tempo que ele esteve lá eu fiquei em silêncio, estava cansada dele.

Os dias foram se passando e por incrível que pareça as implicâncias dele comigo haviam acabado. Ele não me provocava, não falava um "a" pra me irritar, até dando bom dia pra mim ele estava.

Eu que não dava muita bola e também não havia motivo pra dar bola pra ele né? Eu respondia quando ele dava bom dia até porque meus pais me deram educação, mas tirando isso, não nos falávamos.

Mas isso não era só com ele, era com todos os meninos, eu mal via o Chris de tanto que as coisas na faculdade e no trabalho estavam puxadas ultimamente, eu literalmente não tinha um dia de folga.

Era mais uma típica noite agitada de sábado para domingo no trabalho. O relógio marcava quase duas horas da madrugada. Eu estava atrás do balcão, colocando minhas habilidades como bartender em prática, fazendo drinks para os clientes. Enquanto Katherine circulava pelo salão com uma bandeja cheia de copos e taças de bebidas equilibrada em suas mãos, servindo os pedidos de todos nas mesas. Não era novidade que o bar ficava ainda mais insuportavelmente lotado e barulhento durante os finais de semanas. Em dias de muita intensidade, eu e Kath costumávamos revezar nossas funções. Para evitar desgaste no meio do expediente. Mas quem disse que adiantava de alguma coisa?  Continuava sendo cansativo igual. Como agora...

Por Deus!

Tudo o que eu queria era minha casa, um banho quente e 12 horas de sono.

- Eu não aguento mais! - Katherine se aproximou de mim e bufou, jogando uma bandeja vazia em cima do balcão. - Você vai trocar comigo na próxima rodada - avisou ao se esparramar em um banco. - Meus pés e minhas costas estão me matando!

- Não reclama, amiga. Isso é um tipo de exercício físico... - murmurei, a encarando de soslaio. - E você sabe que precisa fazer, né? Por ordens médicas.

- E eu estou fazendo. Vou pra academia pelo menos três vezes por semana antes de ir pra faculdade. É um saco! - ela resmungou. Eu soltei uma risadinha. - O único exercício físico que eu gosto de fazer é sexo.

- Me conte algo que eu ainda não sei.

Ela rolou os olhos e me mostrou a língua. Eu neguei com a cabeça, separando algumas frutas para fazer um novo drink.

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