Antônio se levantou para cumprimentá-la e assim que seus olhos se encontraram, ele se encantou completamente por aquela moça baixinha, com faces rosadas e um sorriso delicado e cativante. Ele virou-se para vê-la melhor.
- Olá, prazer, meu nome é Antônio, sou o advogado que vai estar com vocês a partir de hoje. – Ele apertou suavemente a delicada mão de Rosana. Ela baixou os olhos.
- Eu pensei que Clara estivesse aqui...
- Ela foi atender um chamado da loja e pediu que eu a esperasse aqui.
- Ah sim, vamos esperar por ela para eu te passar os dois casos. Aconteceram quase que ao mesmo tempo, enquanto ela estava hospitalizada. Tentei resolver, mas nesse caso só ela como proprietária poderia dar a palavra final. – Antônio a observava curioso. A maneira como ela se expressava, o sorriso e seus gestos descontraídos lhe chamavam muito a atenção. Ele procurou por algum anel ou aliança em seus dedos, não tinha. Pelo jeito ela deveria ter mais ou menos a mesma idade que Clara. Ele foi interrompido em seus "estudos" pela entrada de Clara.
- Ah, que bom que você já chegou. – Disse Clara referindo-se a Rosana. – Antônio, você já conheceu a minha gerente?
- Sim, ela se apresentou assim que chegou agora a pouco. – Respondeu sorridente.
- Bom, vou buscar os documentos que ajuntei referentes aos dois casos. Fica melhor pra entender o que vou te passar. – E saiu. Clara notou como Antônio observava Rosana e prestaria mais atenção nele. Será que ele estava demonstrando algum interesse nela? E sorriu discretamente.
- Faz tempo que ela trabalha pra você? – Perguntou ele interessado.
- Sim, há cinco anos. Rosana foi um achado, eu não teria conseguido nem metade do que tenho sem a dedicação dela. Ela tem uma memória incrível e quero torná-la minha sócia. Vou querer sua ajuda nisso também. E é claro que ela não sabe do contrato.
- Sim, é claro que eu sei. É uma excelente ideia ela se tornar sua sócia, já que ela é tão prestativa assim. – Rosana entrou.
Rosana explicou em detalhes sobre os dois funcionários, mostrou todos os documentos que ela tinha, a análise do RH e também sobre o caso do cliente que comprou o drone. Antônio ouvia a tudo atentamente, fazia algumas perguntas. Clara também adicionava uma informação ou outra. Ele disse que os dois casos eram de fácil resolução, por causa dos detalhes de documentos e pela impecabilidade jurídica que a importadora tinha. Ele disse quais passos seguiriam e que mais um advogado estaria com ele também. Ele as tranquilizou dizendo para não se preocuparem porque isso era causa ganha. Ele pediu mais alguns papéis que elas deveriam providenciar e os dados pessoais delas e da empresa também. Ele disse que a próxima reunião deles seria em seu escritório por causa do volume de documentos que ele tinha lá.
- Antônio, nós conversamos tudo, mas você não nos passou seus honorários, confesso que tô preocupada, ainda mais envolvendo outro advogado e...
- Tranquilo, estou aqui por conta do Grupo Eon. – Informou com simpatia. As duas arregalaram os olhos.
- Mas isso não é certo, isso não tem nada a ver com a empresa do Paulo, não podemos aceitar. – Justificou-se Clara.
- Você conhece o Paulo, sabe que quando ele decide uma coisa, não tem como voltar atrás... – Respondeu e jogou as mãos para o lado num sinal de rendição. Clara colocou a mão na testa e revirou os olhos. Rosana riu do gesto dela.
- Ok, depois eu falo com ele.
- Vou indo, estamos no meio de verdadeira "guerra". Tenho muita coisa pra fazer antes do Paulo viajar. Até mais.
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Contrato de casamento
RomanceO que você faria pra realizar o sonho da sua vida? Clara aceitou casar-se com o excêntrico Paulo Matsumoto para conseguir dinheiro e ampliar a sua loja em um shopping. Mas até que ponto os negócios não serão afetados por sentimentos nobres que começ...