Quando ela estava com um pé na calçada, um ciclista bateu em seu ombro e ela caiu no chão junto com o ciclista e a bicicleta por cima dos dois. O pedalo da bicicleta bateu em sua cabeça e fez um corte profundo, ela desmaiou, o ciclista levantou-se rápido, um pouco zonzo por causa do tombo, e gritava por socorro ao ver a mulher próxima a ele, desmaiada e sangrando na cabeça. Paulo chegou correndo.
- O senhor a conhece?
- Sim. Chame uma ambulância. Eu a levarei ao hospital. – Muitas pessoas cercavam o local curiosas. Paulo apenas colocou a cabeça dela no colo dele com cuidado, na tentativa de estancar o sangramento. – Você está bem? – Perguntou ao ciclista.
- Sim, estou bem, só um pouco zonzo.
A ambulância chegou em alguns minutos. Ele esperou o médico que a atendeu para conversar com ele sobre o estado dela. Depois de mais de uma hora o médico foi até a recepção.
- O senhor que é o responsável pela paciente Clara Blinov?
- Sim, ela é minha noiva. Como ela está? – Perguntou muito nervoso.
- O corte da cabeça levou cinco pontos, mas não é nada grave. O corte sangrou muito porque atingiu uma pequena veia na lateral da cabeça, logo acima a orelha direita. Fizemos uma ressonância para saber se a pancada foi grave, mas está tudo bem. Ela foi sedada porque acordou do desmaio bastante agitada. Acredito que mais uma hora ela já estará acordada. Ela vai ficar em observação por hoje.
- Onde ela está? Posso vê-la agora?
- Sim, ela está no quarto duzentos e dois, na enfermaria.
- Eu gostaria de transferi-la para um apartamento. Eu me encarrego das despesas. É possível?
- Sim, é possível. Vou avisar a enfermeira chefe para mudá-la. Só um instante, por favor.
- Obrigado. – Paulo sentou na sala de espera, já um pouco mais calmo. "Preciso avisar os pais dela, mas eu nem os conheço. Só se eu avisar aquela moça da loja. Ela saberá o que fazer."
- Ela já está sendo transferida para um apartamento que fica nesse mesmo piso, ok. O senhor poderá visitá-la em alguns instantes. – Informou uma enfermeira. Ele acenou a cabeça em agradecimento. E pegou o telefone para ligar para a moça da loja. Ela atendeu e ele disse o que tinha acontecido. Ele passou o endereço do hospital.
- Como ela está? – Perguntou Rosana quase chorando de aflição.
Clara ainda dormia quando ela chegou. Paulo explicou tudo que o médico disse para deixá-la mais calma. Paulo colocou uma cadeira ao lado da cama e segurava a mão dela delicadamente. Ele sentiu os dedos dela mexendo lentamente. Ela abriu os olhos, piscou algumas vezes, ele se levantou sem deixar a mão dela e Rosana também se aproximou da cama.
- Calma. Está tudo bem. Como você está? – Paulo perguntou com uma doçura que nem ele sabia que tinha. Clara olhou para ele atentamente e depois para Rosana. Ela tentou se levantar, mas sentiu uma fisgada na cabeça e fez cara feia, pela dor.
- Clara, você está bem? – Perguntou Rosana com lágrimas nos olhos.
- Sim. – Sua voz quase não saía. Ela apertou a mão de Paulo levemente e olhou para ele. Ele acariciou a testa dela.
- Está doendo sua cabeça? – Ele perguntou. Ela apenas segurou a parte onde tinha o curativo e franziu as sobrancelhas.
- Eu vou avisar ao médico que ela acordou. – Falou Rosana e logo saiu à procura do médico.
- A dor é por causa da pancada, está tudo bem, eles fizeram alguns exames e não tem nada de errado com a cabeça. O médico virá para ver como você está e certamente vai te passar algum remédio para dor. Eu vou ficar aqui com você, tá bom? – Ela piscou em agradecimento. Ele continuava com a mão sobre a mão dela. – Você não quer dormir mais um pouquinho? – Ela meneou a cabeça negativamente. Rosana entrou com o médico.
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Contrato de casamento
RomanceO que você faria pra realizar o sonho da sua vida? Clara aceitou casar-se com o excêntrico Paulo Matsumoto para conseguir dinheiro e ampliar a sua loja em um shopping. Mas até que ponto os negócios não serão afetados por sentimentos nobres que começ...