Capítulo 18

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- Senhorita, eu acho que houve algum erro na nossa reserva. Não são dois quartos. Era apenas um. Tem algum problema se cancelarmos esse outro quarto? – Rosana perguntou sem se atrever olhar para Antônio que estava ao seu lado e arregalou os olhos, mas disfarçou bem antes que a recepcionista percebesse.

- Na verdade, nenhum problema. Pelo contrário. O hotel está lotado e tem muitas pessoas na fila de espera, então liberar um quarto será muito bom para nós. Pela sua compreensão, nós lhes daremos um mimo a mais. Por gentileza, aguarde um instante antes de subir para o quarto. – Respondeu a recepcionista feliz por ter mais um quarto livre. Ela pegou o telefone e deu algumas instruções para a governança. Antônio olhava para Rosana intensamente. A recepcionista se afastou.

- Rosana, você tem certeza de que está bem assim? – Ele perguntou cauteloso. Ela o olhou decidida.

- Sim, Antônio, tenho certeza. Tenho certeza também dos meus sentimentos e dos seus, portanto não tem necessidade de ficarmos separados dessa forma. Não é como se eu tivesse quinze anos. Então, está tudo bem. – Ela o abraçou e encostou a cabeça em seu tórax. Passado mais alguns instantes um rapaz foi até eles.

- Me acompanhem, por favor. Ele os levou até o quarto que ficava no décimo andar. As malas seguiam junto.

Quando entraram no quarto, Rosana esqueceu toda a ansiedade de alguns segundos atrás, impressionada com o luxo e a decoração do quarto. Sobre a grande cama havia pétalas de rosas e bombons Lindt espalhados harmoniosamente. Sobre uma escrivaninha um baldinho de gelo com uma garrafa de champanhe e duas taças. Ela olhava tudo encabulada. A vista para o mar azul era linda. Tinha uma sacada com algumas cadeiras. Ela foi até a sacada, abriu os braços e disse em voz alta alguma coisa em japonês que Antônio não entendeu. Ele a olhava divertido com os braços cruzados.

- Antônio, eu sempre viajei, mas confesso que nunca fiquei num hotel tão chique assim. – Comentou maravilhada, abraçando-se a ele. Ele afastou alguns bombons e pétalas, se sentou na cama e a colocou no colo.

- Que bom que você gostou. Já que vamos ficar vários dias fora de casa, que seja num lugar confortável, né? – Ela o olhava séria. Ele pegou um bombom, mordeu a metade e colocou a outra metade na boca dela.

- Você viu? Tem até champanhe. – Ela ia se levantar para servir uma taça, mas ele a barrou.

- Não. Você tem baixíssima tolerância ao álcool. Não quero que amanhã você me pergunte "o que aconteceu"? Eu não me perdoaria... Você não imagina como eu esperei por esse momento. – E a beijou suavemente deitando-se junto com ela. Ele vagarosamente tirou o vestido dela entre beijos e despiu-se também. Ele a carregou no colo e foram até o banheiro, sem se separarem. Ele ligou o chuveiro e ela suspirou de susto quando a água ainda fria caiu sobre os ombros dos dois. Antônio prendeu os cabelos dela e com suavidade passou sabonete liquido por seus ombros e pescoço numa deliciosa massagem. Ela mantinha os olhos fechados e a respiração alterada. Quando ele terminou, ele entregou o frasco de sabonete para ela fazer o mesmo em suas costas. As mãos dela subindo e descendo por suas costas e tórax, o estavam deixando irracional. Com certa impaciência, ele desligou o chuveiro pegou algumas toalhas e a carregou até a cama. Ele a beijava e secava eu corpo e ela fazia o mesmo. Ele parou de repente, já bastante emocionado.

- Rosana... – Ela passou os braços pelo seu pescoço e o beijou completamente decidida, consciente do que estava fazendo. Seus lábios percorriam a pele dela pelo rosto, pescoço, ombros e seios. Ela murmurava baixinho ao sentir a boca quente com movimentos alucinantes por todas as partes do corpo dela. E assim as horas se passaram...

(...)

Clara tinha decidido ir caminhando para a loja todos os dias, assim chegaria mais tarde em casa, se cansaria e dormiria logo. Ela estava caminhando distraída vendo umas fotos que Rosana tinha mandado, quase chegando em casa, quando ela viu o Bentley branco parado na porta do seu prédio. Seu coração falhou algumas batidas e um nó se formou em sua garganta. Ela ficou parada na calçada, sem conseguir mover um único passo. Ele foi até ela.

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