Capítulo IV

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Emily Jones

2 anos depois

Depois de tanto tempo, a menina se acostumou com a casa de costura, com as senhoras de lá e o cansaço tornou-se familiar. Agora Emy era quase considerada uma mulher. "Deus, 13 anos!" era o que sua mãe exclamava de tempos em tempos. Estava realmente feliz, fazendo algo com tanto prazer, de sentindo bem consigo mesma.

Bom, esse sentimento continuaria se a noite de uma semana anterior não houvesse acontecido...

Havia chegado da casa de costura, junto com sua mãe e seu irmão. Uma sexta feira, como qualquer outra. Estava entardecendo, e o movimento das ruas estava cada vez menor, dando paz às lojas e funcionários.

Chegando em casa, Emily correu para o quarto, guardando a caixa de linhas e agulhas na gaveta da penteadeira, quando de repente ouviu sua mãe chamar:

- Querida! Me esqueci de comprar os pães. Pode ir para mim? Não é longe.

A filha não recusou o pedido. Pois deveria, por ter sido alí onde a desgraça se iniciou.

***

Quando saiu de casa, a lua já iluminava o céu, que antes laranja, agora se coloria de azul marinho.

Com um saquinho de dinheiro nas mãos, Emily andava rápido tentando escapar da brisa fria que caia sobre a cidade. O problema, foi que, assim que começou a se aproximar das luzes suaves e inconfundíveis da padaria, por mais rápido que andasse, começou a ouvir passos às suas costas.

A sensação de ser alcançada faziam seus pelos dos braços se arrepiarem por completo. Estava sendo seguida, com certeza.

- Ei, menina - uma voz a chamou.

Emily começou a andar mais rápido, segurando forte a carteira de moedas nas mãos.

- Garota, estou falando com você! - A voz asquerosa de um menino começou a ser ouvida, dando risadas.

Seu coração falhava ao perceber que o som estava mais perto, e assim, viu os cabelos ruivos de um branquelo que passou a sua frente. Tinha olhos verdes, mas de um verde musgo horrível. Os cabelos eram bagunçados, sujos e suas roupas, rasgadas. Já o outro garoto, ao seu lado, era loiro e suas vestimentas eram semelhantes às do colega. Por mais que bem altos, mas não passavam dos 15 anos.

- Acho que ela é surda, Eddie - comentou o ruivo à frente da menina.

- Será mesmo, Karl? - falou o loiro em ironia.

Emy tremia. Quem era ela contra aqueles garotos com o dobro do seu tamanho?

- O que querem? - Emily tentou, calejando nas palavras.

𝙊𝙨 𝙄𝙧𝙢𝙖̃𝙤𝙨 𝙎𝙝𝙚𝙡𝙗𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora