Capítulo XXIII

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Emily Jones

Pontos de luz branca começaram a cintilar assim que Emily começou a abrir os olhos.

Quando sua alma voltou ao corpo, sentiu suas pernas doerem, igualmente as costas e o pescoço. Deve ser essa a sensação de ser atropelada por um trem, pensou, ainda tentando avaliar o que sentia.

Tentou se levantar, mas seu corpo a impediu. A dor fora instantânea, alcançando cada ponto de seus membros.

- Não se preocupe, senhorita Jones - uma mulher murmurou. Emy logo virou a cabeça, encarando a senhora de vestes brancas e cabelos grisalhos, ao lado de sua cama. - Você está melhorando rapidamente - ela sorriu.

- Meu Deus, - Emy sentiu sua cabeça latejar como se os raios de luz da janela e das lâmpadas a fossem a cegar - onde estou?

- No hospital, querida. Na primeira ala.

Mesmo com as marteladas em sua cabeça lhe atrapalhando, Emily tentou piscar, vendo as outras macas e camas, de forro branco, em uma organizada fileira, próxima à porta. A bendita porta em que teve de esperar quando trouxe seu irmão.

- Há quanto tempo estou aqui?

- Horas - a mulher respondeu olhando alguns papéis em uma prancheta. Emily observou uma das janelas, vendo que do lado de fora o céu já era escuro. - Ah, querida, me esqueci de dizer. Tem um homem na sala de espera, ficou aqui desde que chegou.

Thomas, Jones pensou sem rodeios. Respirou fundo. A avalanche de memórias a invadiu. Tudo havia sido rápido demais. Horas? Pareciam ter sido dias.

- Eu disse a ele que o chamaria assim que a senhorita acordasse. Devo...

- Por favor - Emily respondeu no mesmo instante. Não queria ter tempo de se arrepender.

- Sim, eu já volto - sorriu ela de bom grado antes de se retirar.

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Thomas Shelby

Thomas quase abraçou a enfermeira quando ela se aproximou, dizendo que poderia entrar. Andava tão rápido que a pobre senhora ficou para atrás, apenas o auxiliando no caminho - do qual ele teve receio de errar devida a pressa.

Apertava nas mãos sua boina - tomando cuidado com as lâminas -, na mais pura ansiedade. O chefe de um dos maiores grupos criminosos de Birmingham, nervoso como uma criança. Quem diria?

Empurrou as portas da sala dos pacientes assim que as viu. O enorme salão se abriu a sua frente, onde todos os enfermeiros olharam-no, assustados, mas Thomas não se importava. Estava preocupado demais em procurar o olhar de Emily em todas as camas.

Parou os olhos em uma e teve de piscar algumas vezes para ter certeza, mas definitivamente seria ela. Thomas mal respirava quando começou a caminhar até seu encontro, parando de frente a cama. Por onde iria começar? O que falaria?

𝙊𝙨 𝙄𝙧𝙢𝙖̃𝙤𝙨 𝙎𝙝𝙚𝙡𝙗𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora