Talvez, eu seja.

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Sai do hotel e fui em direção ao ferro velho, depois que o Richy chamou a Jessy e disse que tinha algo pra falar de mim, ela mudou seu jeito comigo, depois disso não consegui tirar isso da cabeça e preciso achar uma forma de fazer ele falar o que era.

Estacionei meu carro um pouco longe da oficina. Jessy estava parada na porta e Richy estava embaixo de um carro.

– Oi pessoal – digo me aproximando deles.

– Oi s/n – Jessy corre para me abraçar, mas quase caí no chão pois tropeçou no Richy.

– Calma Jessy, ela não vai fugir e não precisa me levar junto. Oi s/n, bem vinda a minha oficina.

– Obrigada Richy, e Jessy por favor tome cuidado – digo tentando segurar o riso.

– Não riam de mim, não vi o Richy.

– Percebi.

– Mas a que devemos a honra dessa visita? – Richy pergunta se levantando.

– Vim chamar vocês dois para beber.

– Gostei da idéia, nós vamos.

– Vamos?

– Vamos Richy, pare de trabalhar tanto e se divirta.

– Melhor ouvir ela Richy, a Jessy é meio maluquinha quando quer.

– Estou ferrado com vocês duas.

– Não seja dramático, nos encontramos no bar do seu irmão Jessy, às oito.

– Tudo bem, já chamou os outros?

– Não, eu quero que seja somente nós três, tá bom.

– Tá.

Continuamos conversando sobre alguns carros, mas logo sinto meu celular vibrar.

–  Pessoal preciso ir, vejo vocês a noite.

– Aconteceu algo s/n? – Richy pergunta em um tom preocupado.

– Não, não se preocupem, é só um incoveniente. Até mais.

Saí dali um pouco rápido demais para alguém que recebeu apenas um incoveniente no celular. Cheguei no café e procurei por quem havia me mandado mensagem.

– Está procurando por mim?

– Que susto idiota.

– Desacato a autoridade é crime sabia?

– Não quando a autoridade quase te mata do coração.

– Me desculpa, bom já sabe meu nome e eu já sei o seu, temos muito o que conversar, vamos.

– Ei calma, eu quero meu café, caso você, um desconhecido, me mate. Vou morrer de barriga cheia – digo enquanto escolho o que comer.

– Eu honro meu trabalho garotinha, sou um ótimo delegado e você está muito a vontade com quem não conhece.

– Sempre fui a vontade com qualquer um, deveria me sentir segura com você, mas está agindo pior que meu irmão sabia?

– Imagino. Já acabou aí?

– Vamos sentar antes que sua velhice deixe você insuportável.

– Tenho apenas trinta e cinco, sua criança.

– Tenho vinte e um, seu pateta.

– Vou prender você.

– Eu fujo.

– Chega, vamos ao que importa.

– Ok, o que Alan Bloomgate quer de uma mera mortal?

– O hacker...

Caçada Perigosa (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora