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Dez anos depois, ilha Kuraigana.
Meia-noite em ponto, num clima frio, repleto de neblina.
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Numa noite usualmente suave e sossegada, havia um certo homem, excessivamente conhecido ao redor de Gaia, por ser o maior guerreiro de todos os tempos, o melhor espadachim dentre todos os outros espadachins.
Esse homem vivia numa ilha chamada Kuraigana, uma ilha que ficava no meio de Euríbia, um dos três oceanos de Gaia. Era uma das ilhas, se não a ilha, mais isolada e taciturna do planeta, e continha um passado bastante deprimente e sangrento. Nessa ínsula, apenas existiam ruínas de um reino perdido devido à avareza e à crueldade humanas. Além disso, antes do homem chegar naquela ilha, há precisamente 4 anos, só havia cadáveres e algumas armas ensanguentadas no solo, infestando o ambiente com o cheiro metálico do sangue e o cheiro podre dos cadáveres decompostos.
Havia tantos corpos no chão que dificultava a locomoção de qualquer pessoa que tentasse passar pelas montanhas de cadáveres que existiram ali. Era um cenário apocalíptico, um cenário grotesco, digno de ser utilizado em filmes de terror.
Houve um trabalho árduo para a remoção desses corpos da ilha. Por essa razão, para realizar o trabalho com uma maior eficiência e rapidez, o homem solicitou, à força, o auxílio dos mandris ferozes, para que eles deixassem o ambiente mais limpo, salubre e agradável.
Após alguns anos, tudo voltou ao normal, e a ilha estava mais limpa do que nunca. Havia uma caixa de correio próxima ao castelo, para que o esgrimista recebesse os jornais diariamente, que seriam o único meio de comunicação utilizado pelo espadachim para receber informações relevantes sobre o mundo lá fora.
Além disso, perto da floresta densa e também das ruínas do antigo reino, havia enormes esculturas lenhosas, todas com o formato de uma cruz latina. Eram esculturas estranhas, que provavelmente foram feitas pelo homem, através da sua exímia habilidade com a sua famosíssima e poderosíssima espada negra. Essas esculturas provavelmente foram feitas em homenagem a pessoas que, de certa forma, foram marcantes na vida aventurosa e agitada do homem.
Naquele castelo antigo, que ficava justamente no centro da ilha taciturna, próximo ao lago do reino extinto, um certo homem insistia em continuar a sua vida lá dentro. Esse homem era ninguém mais ninguém menos que Dracule Mihawk, mais conhecido como o "Olhos de Falcão", a sua mais célebre antonomásia.
Mihawk era um homem cheio de orgulho e glória. Sentia-se um homem completo, sem mais nenhum propósito na vida. Tudo o que ele queria, ele já tinha na sua posse: um castelo bastante moderno e pomposo somente para ele, longe das multidões e do barulho ensurdecedor que as próprias produziam em demasia e longe do Governo e de qualquer meio de comunicação; o título de melhor espadachim do mundo e a espada lendária mais poderosa do mundo. Resumidamente, ele já tinha vencido na vida, e o seu legado já estava instalado e imortalizado na história da esgrima.
Contudo, mesmo com tanta glória e sucesso a preencher o seu ego, Mihawk persistia na sua busca interminável por um espadachim que fosse digno do seu tempo, do seu esforço e da sua espada negra. Ele comummente tinha a sua ilha invadida por espadachins reles e medíocres, que eram derrotados pela faquinha de barrar manteiga no pão que o espadachim detinha, de uma forma extremamente fácil e célere. Ele era visitado com uma certa frequência, e ele já estava a ficar farto de ter de enfrentar sempre os mesmos inimigos a vir atrás dele, só porque a sua cabeça valia mais de 3 mil milhões de zhinus, o que tornaria qualquer energúmeno um bilionário, se esse tal energúmeno tivesse a capacidade de entregar Mihawk ao Governo ou trazer a cabeça separada do corpo para o mesmo.
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O Destino das Aves Rebeldes
FantasíaSinopse: quatro anos depois de Mihawk encontrar o seu lar predileto, o mundo começou a ficar insólito. O esgrimista tinha parado de aparecer nas notícias por um bom tempo, pois mantinha-se confinado na sua ilha, como se estivesse à espera de algo...