Capítulo 6

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Serkan

Ficamos em silêncio enquanto o barulho se aproxima, ainda segurando a mão de Eda tento olhar por um pequeno buraco que tinha na parede.

— o que tá acontecendo? — ela sussurra perto do meu ouvido

— fica quieta, ele entrou na sala — sussurro de volta, percebendo nossos rostos pertos um do outro

Vejo uma pessoa se aproximando, era possivelmente um homem, ele estava todo de preto, e tinha uma máscara branca no rosto. Estava fazendo barulho com uma espécie de muleta de madeira e também estava assoviando.

Aperto a mão de Eda e me viro para ela.

— fica aqui, eu vou ir ver o que ele quer — falo baixo e consigo ver ela balançando a cabeça negando, por causa da luz que entrava de uma pequena ventilação que tinha ali.

— você não pode ir, pode ser um louco ou algo assim — ela diz e eu respiro fundo

— ou pode ser só alguém pregando uma peça, vai ficar tudo bem, só não saia daqui — falo e ela continua negando, ela aperta minha mão pedindo para que eu fique, mas eu solto ela saindo do lugar.

Assim que abro a porta e saio, tenho os olhos da pessoa em cima de mim, ele me olha dos pés a cabeça e não diz nada.

— quem é você? O que você quer? — pergunto e ele nega com a cabeça

— cadê a garota? — fala e eu franzo a testa

— que garota? — pergunto e ele não diz mais nada.

— se isso for algum tipo de brincadeira, precisamos trabalhar, então porfavor se retire — falo e aponto para a porta, mas ele nega com a cabeça novamente.

Franzo a testa quando ele bate a muleta de madeira no chão, logo após levantando ela, só que no lugar de uma ponta de madeira, saiu uma ponta afiada parecendo uma faca.
Ele gira o pedaço de madeira e aponta a parte aguda na minha direção.

— calma, calma — falo tentando recuar — só me diz o que você quer e nós resolvemos sem nenhum conflito — falo e escuto um barulho parecido com uma risada

— mas eu quero conflito — ele diz e eu franzo a testa, não tenho tempo de pensar, ele já está vindo na minha direção com aquele troço apontado para mim

Desvio quando ele tenta furar meu rosto, pego um pedaço de ferro que tinha ali e começo a me defender. Novamente ele tenta me perfurar mas desvio, giro o bastão de ferro em minha mão e o coloco na minha frente quando ele tenta me bater com o pedaço de muleta, bato minha cabeça contra sua e ele cambaleia para trás, me dando mais tempo, enquanto ele tentava se recompor, tento chegar perto da porta para tentar mandar Eda chamar alguém, mas quando eu estava no meio do caminho sinto uma ardência no meu ombro esquerdo, olho para trás para ver o que era. O desgraçado tinha cortado meu ombro, fez um corte profundo. Reprimo o gemido de dor e vou até ele, dou um soco em seu rosto, mas quando vou pegar o bastão de seu braço ele faz outro corte. Dessa vez grito de dor, ele tinha feito um corte em minha barriga.

— filho da puta — falo e escuto a risada dele.

— te vejo por aí detetive — escuto ele dizer antes de sair pela porta. Franzo a testa quando vejo algo cintilante brilhando em seu braço, mas apenas ignoro voltando a olhar para minha barriga que estava sangrando.

Escuto o barulho da porta abrindo e pelo canto do olho vejo Eda correndo até mim.

— meu deus, precisamos levar você pro hospital — ela diz e levanta a blusa para ver o ferimento, não tinha sido muito profundo, mas estava doendo.

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐀𝐬𝐤 | edser Onde histórias criam vida. Descubra agora