Capítulo 21

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Eda

Suspiro olhando para o nada enquanto uso Sirius de almofada e faço massagem nele. Não tem nada para fazer, eu não aguento mais ficar em casa, eu quero correr, pular, fazer tudo que eu tiver vontade. Mas de acordo com o médico eu só posso quando só tiver uma pequena cicatriz no lugar da ferida, eu passo o dia todo olhando para esse treco e o machucado não some. Eu já estava presa nessa casa havia uma semana e alguns dias, foram dias legais e tudo mais porque Serkan não saiu de perto um segundo, mas EU NÃO AGUENTO MAIS.

— Sirius, eu não posso mais ficar aqui trancada eu vou enlouquecer — falo para o cachorro que estava mais interessado no seu cochilo do que em mim

Olho para um lado e depois para o outro e não encontro Serkan. Sorrio e me levanto da cama, quando ele está por perto eu não posso nem pensar em colocar o pé no chão, o homem não me deixa andar sozinha, ele quer fazer tudo por mim, agora tenho um momento sozinha amém. Entro no banheiro e sento no vazo para fazer xixi.

Sério, imagina tudo o que eu poderia fazer e estou aqui, com minha vidinha entediante, sentada num vazo pensando em... Eu não tenho nem nada para pensar de tão entediante que minha vida está. Reviro os olhos irritada e me levanto, paro em frente ao espelho e coloco a mão na barra da blusa. Vai machucadinho, vamos lá, cicatriza por favor.

Tiro a blusa e vejo o curativo que Serkan tinha feito a alguns minutos atrás  depois que tomei banho. Coloco a mão no curativo e o arranco. Arregalo os olhos quando não vejo o machucado vermelho ou com qualquer marca, por que só tinha uma coisa, UMA CICATRIZ!!!!

— AH!!!! — grito quando vejo a cicatriz no lugar onde deveria estar o machucado

Tomo um susto quando Serkan entra correndo no banheiro, com um avental com várias florzinhas e uma toca na cabeça como se estivesse pronto para dar uma faxina na casa. Olho para ele da cabeça aos pés chocada, mas ele parece não notar por que vem correndo até mim

— O que foi? Você machucou? A ferida abriu? Meu Deus o que aconteceu? Tem alguém aqui? Onde dói? Onde está doendo me fala para eu poder-

— Serkan! — chamo o nome dele fazendo ele calar a boca e aponto para o meu corpo

— Ah Eda que isso, você não sabe o quanto eu queria te ver de sutiã ou até sem ele mas é que agora você está ferida e-

— O que?! Não é nada disso meu Deus — falo confusa e constrangida, aponto para o lugar do machucado

— uma cicatriz! Não tem mais machucado! — falo animada e ele me olha surpreso e sorri

— sabia que já estava cicatrizando, eu tinha certeza, agora você está bem de novo — ele diz feliz e eu pulo nos braços dele dando um abraço de urso

— agora eu posso te apertar um montão — falo e aperto ele com força

— Mulher assim você me deixa sem ar— ele diz com um pouco de dificuldade e eu dou risada me afastando dele

— Eu posso, pular — dou alguns pulinhos — posso correr — saio correndo pela casa e ele atrás de mim — e o mais importante! Posso voltar para o trabalho e finalmente falar com aquele assassino desgraçado — digo e vejo o rosto de Serkan que estava sorrindo agora mesmo ficar sério

— já falei, você não vai falar com aquele homem — ele diz e eu franzo o cenho

— ah eu vou sim, e você vai estar lá comigo então não vai ter problema — falo e ele nega com a cabeça

— Eda não vale a pena, ele já está preso e vai ser condenado, o julgamento dele é amanhã — Serkan fala e eu levanto as sombrancelhas

— então temos que ir lá falar com ele hoje, vou me vestir e a gente vai — falo sorrindo para ele e ele continua sério

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐀𝐬𝐤 | edser Onde histórias criam vida. Descubra agora