Capítulo 5

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Eda

Observo as luzes da cidade enquanto o vento bate no meu rosto, aperto meus braços em sua cintura quando ele vai um pouco mais rápido, fico maravilhada enquanto passamos pela ponte da cidade e só se enxerga as luzes das casas da cidade, penso como deve ser libertador sair sem destino viajando por aí com uma moto, aproveitando o vento no rosto enquanto pode ver essa vista linda.

— se você chegar um pouco mais pra frente eu caio da moto — Serkan fala por cima do ombro, virando o rosto para que eu conseguisse ouvir

— olha para frente! Se eu morrer aqui eu te mato — falo e viro a cabeça dele pra frente

— como você me mataria se já estaria morta? — pergunta e eu revirou os olhos

— só continua dirigindo Serkan — falo e volto a observar a cidade.

Nós só conseguimos visitar uma cena de crime hoje, vamos ver as outras amanhã. Foi um dia super cansativo e agora estávamos voltando para a Agência, não vejo a hora de chegar em casa e dormir.

Franzo o cenho quando vejo Serkan parando a moto em frente de um café.

— o que você tá fazendo? — pergunto quando ele coloca o descanso da moto

— estou indo tomar um café, pode ficar ao se quiser — fala e eu me levanto e tiro o capacete, entrando no café com ele.

Entramos no café, não tinha muitas pessoas então fomos direto para o caixa fazer nossos pedidos. Sentamos em uma mesa encostada na janela, no canto do estabelecimento.

Começo a me perder nos meus pensamentos, estava tentando entender o caso em que estamos trabalhando. De uma coisa eu sei, estamos lidando com um possível psicopata, talvez sociopata, ainda não sei dizer. Mas aonde ele quer chegar com todas essas mortes? Será que essas foram só as primeiras de muitas? Ou foram algo de uma vez só e ele fugiu logo depois? Eu precisava descobrir quais eram seus padrões para tentar impedir outras possíveis mortes.

Pego o caderno da minha bolsa e a caneta, e começo a anotar todas as pistas que já temos.

• Possível psicopata ou sociopata.

• deixa sua "marca" de assassino no corpo, o ato de arrancar corações.

• porque arrancar corações? Talvez uma desilusão amorosa no passado? Talvez tenha sido recusado pela sua amada?

Coloco a ponta da caneta na boca ainda pensando e lembro do que a senhora Clarke falou, ela descreveu ele. Viro a página do meu caderno e coloco a mão na massa, começando a desenhar ele da forma que a senhora de idade o descreveu.

— o que tanto você faz nesse caderno? — saio do tranze quando escuto a voz de Serkan

— é... Eu só estava anotando algumas coisas sobre o caso, estou tentando entender melhor — falo e ele apenas assente

— posso ver o que já tem até agora? Talvez bata com o que eu estou pensando — ele pergunta estendendo a mão.

— ninguém encosta no meu caderno — falo séria e ele levanta as mãos como se estivesse se rendendo

— Ok, então fala o que tem em mente — ele diz e depois completa — precisamos ver se conseguimos trabalhar juntos, para pegarmos esse desgraçado do jeito certo — fala e eu assinto

— estou pensando o porquê dele arrancar os corações? E porquê ele se dá ao trabalho de limpar as vítimas, deixá-las em posição de sono? — falo e vejo a ruga se formando na testa dele, mostrando que ele estava pensando.

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐀𝐬𝐤 | edser Onde histórias criam vida. Descubra agora