Capítulo 14

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Eda

Pulo de susto quando escuto o estrondo do trovão. Por que começou a trovejar agora que eu estou no meio do meu banho? Eu odeio tempestade, tenho pavor dos relâmpagos e trovões. Tento ignorar o barulho e continuar meu banho.

Olho para a luz do banheiro que começa a piscar, a não não não.

Boom! Tudo escuro e água gelada.

— mas que merda! Merda! — falo e tiro o sabão do meu corpo, saio o mais rápido possível do chuveiro e me enrolo na toalha.

Saio da banheiro e vou até as minhas roupas que estavam amontoadas no canto do quarto na minha mala, olho e fico com preguiça de procurar uma roupa, passo os olhos pelo quarto e sorrio quando vejo uma camisa velha de Serkan que eu usei no primeiro dia que fiquei aqui.

Coloco uma legging preta e a camisa dele, penteio meu cabelo e saio rápido do quarto. Odeio ficar sozinha em apagões, ainda mais no meio de uma tempestade.

— Serkan — chamo quando saio do quarto — Serkan cadê você? — pergunto e ninguém responde

Bufo e respiro fundo, quando me viro para voltar para o quarto dou de cara com ele parado na porta segurando a lanterna na cara dele parecendo uma assombração. Minha alma saiu do corpo e voltou.

— você. é. um. idi-ota — falo dando pausas e em casa pausa eu dava um soco nele, escuto a risada dele e ele me empurra

— sua cara foi impagável, sério eu tinha que ter gravado — ele fala e eu olho para ele com raiva, pego a lanterna da mão dele e bato com ela no seu braço com força

— nossa senhora! Pra que isso? Eu em sabe nem brincar — ele reclama passando a mão no lugar que eu bati

— estamos no meio de uma tempestade, um apagão, e você me vem com uma brincadeira dessas?! Merece mais do que um soco — falo e ele revira os olhos saindo

Corro e vou atrás dele, Deus me livre ficar sozinha no escuro, meu maior medo.

— aqui só tem essa lanterna? — pergunto e ele assente

— tem velas? — pergunto e ele faz uma cara confusa

— porque eu teria velas na minha casa Eda? — ele pergunta e eu dou de ombros

— eu sei lá, pra situações como essa? — falo e ele estala a língua

— eu normalmente me viro com essa lanterna, vou com Sírius pro quarto e durmo — ele diz com tranquilidade, coço a nuca e olho para a cidade toda apagada

— e você o que faz quando isso acontece? Enche sua casa de velas imagino — ele diz e eu assinto

— eu acendo as velas e eu tenho uma luminária que é por bateria, eu nunca deixo ela descarregar, eu ligo ela e fico ali fazendo nada até a tempestade acabar — falo e ele faz uma cara confusa

— por que você não dorme? É só dormir — ele diz e eu nego

— não consigo dormir no meio de tempestades — falo e ele assente

— bom, então vamos ficar na sala até passar — ele diz e eu assinto

Nós vamos andando até a sala e chegando lá ele se senta no sofá, quando eu vou sentar também ele estende a mão me mandando ficar em pé, pega a lanterna e me ilumina.

— agora vai roubar minhas roupas é? — ele diz e eu olho para ele com o olhar de inocente

— você me deu ela — falo e ele nega

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐀𝐬𝐤 | edser Onde histórias criam vida. Descubra agora