Eda
Abro os olhos lentamente, minhas costas estavam doendo e tinha algo nos meus braços, também nas minhas pernas. Finalmente consigo me acostumar com a luz e tento me lembrar de tudo que aconteceu.
Alemães. Sim, os desgraçados pegaram a gente, me lembrei.
Eu estou sentada e apoiada em alguma coisa, parece mais com alguma pessoa, meus braços estavam presos para trás e minhas mãos encostavam nas mãos da pessoa que estava atrás de mim, provavelmente Serkan. Meus pés também estavam presos, olho para os lados e não vejo ninguém.Estamos no meio de uma parte vazia do balcão, não tem nada ao redor a não ser nós dois no meio do cômodo.
Agora que já olhei todo o lugar e voltei com meus sentidos, eu precisava sair daqui.Jogo a cabeça para trás e ela cai no ombro de Serkan, consigo ver seus olhos fechados, reviro os olhos e começo a me mexer, fazendo com que ele se mexa também, dou cotoveladas para ver se ele acorda mas ele nem se mexe. Ok, vamos ter que ser mais agressivos.
Vou com minha cabeça para frente e a jogo para trás de uma vez.
— acorda porra! — falo assim que bato minha cabeça contra a cabeça dele, resmungo de dor
— aí que isso? — Serkan fala um pouco embolado, provavelmente ainda confuso
— se recomponha logo, a gente tem que dar um jeito de sair daqui — falo e começo a mexer tentando soltar a corda que prendia meu braço
— mas... aaa me lembrei, os alemães — ele começa parecendo estar voltando ao normal — nós estávamos... beijo! Você me beijou! — ele praticamente grita e eu dou uma cotovelada em suas costas
— cala a boca! Eu só te beijei pra você parar de falar, e você mal acordou e já está aí gritando de novo — falo revirando os olhos e mesmo sem ver o rosto dele sei que ele está com um sorriso idiota no rosto
— a sim, a língua foi pra calar a minha boca também né — ele diz e eu bufo de raiva
— mais uma palavra sobre isso e eu te dou outra cabeçada — falo e escuto a risada dele
— ok chega dessa conversa, agora vamos pensar como vamos sair daqui — falo e começo a pensar
Bom, nós viemos para esse lugar, alguém deve saber que estamos aqui, então eles vão nos achar.
— Serkan você avisou que estávamos vindo para esse lugar né? — pergunto e ele fica em silêncio — não é Serkan?! — pergunto e ele continua em silêncio
— Ah não, eu não acredito que você fez isso! Serkan a quantos anos você é um detetive? E você faz a coisa mais burra que um detetive pode fazer? — falo com raiva e lamentando porque agora estávamos sem nenhuma vantagem mesmo
— Eda não me culpa, eu sempre aviso, mas dessa vez eu achei que iríamos para um endereço normal, sei lá uma casa ou um apartamento de nerd onde iríamos achar o computador e ir embora — ele diz e eu respiro fundo — não achei que iríamos parar nesse galpão cheio desses alemães retardados! — ele fala e eu faço uma cara de choro
— vamos ficar aqui para sempre ou morrer, bom nenhuma opção é boa então — falo quase chorando não sei se de raiva ou de desespero
— Eda! Para com isso, vamos pensar em uma forma de sair daqui — ele diz e eu puxo o fôlego parando o choro
Eu ia começar a falar, mas antes disso escuto passos, cutuco Serkan para ele ficar quieto e nós ficamos em silêncio quando vemos os quatro homens se aproximando.
— ora ora, nossos convidados finalmente acordaram — um homem fala com um sotaque estranho
— então, agora vocês podem falar quem mandou vocês dois — o outro homem fala e aponta para mim — fala logo moça bonita — ele diz e eu faço uma careta
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𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐀𝐬𝐤 | edser
RomansaEda Yildiz é uma mulher sonhadora e confiante, seu único objetivo era entrar para o FBI e solucionar um caso que ela estava trabalhando, depois de passar por uma fase bastante difícil com um antigo amor em sua vida, Eda se fechou totalmente para a e...