Capítulo 11

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Suspirei, folheando uma revista que achei em cima do sofá da sala

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Suspirei, folheando uma revista que achei em cima do sofá da sala. Eu estava entediada, tentei ir lá fora explorar o exterior da casa, mas o frio não deixou. Tudo está estranhamente silencioso, como se somente eu estivesse em casa, e eu temia que Yukio estivesse aprontando algo contra mim.

Ele já deixou claro que não gosta de mim, e não me quer aqui, então suponho que vá fazer de tudo para me mandar embora sem dizer “Vá embora daqui.”
Quando me mudei para cá, achei que as coisas seriam um pouquinho diferente, imaginei a nova esposa de Jean Carlo como uma bruxa, mas até agora ela não mostrou sua verdadeira face. E Yukio, eu imaginei ele como dois tipos de pessoas; o primeiro era um garoto super inteligente com óculos fundo de garrafa e aparelho nos dentes. Já o segundo, um garoto rebelde que passa suas noites nas festas do colégio e no dia seguinte acorda de ressaca, mas não é castigado, pelo fato de ser um filhinho de papai mimado.

Bom, talvez eu estivesse certa na parte “mimado.” mas até agora ele não aprontou nada, estou apenas esperando seu primeiro ataque, para revidar.

— Pensando em mim? – A voz de Yukio me tirou de meus devaneios. Rolei os olhos pela sala e o encontrei apoiado na pilastra da porta, totalmente encharcado de suor e com trajes de academia.

— Costumo pensar em pessoas que me agradam, obviamente você não é uma dessas pessoas. – Revirei os olhos com sua pergunta idiota.

— Por que me odeia tanto? Todo esse ódio é por causa da bola de neve? – Ele perguntou, parecia irritado, mas senti um pouco de ironia em sua voz.

— Sim.

— Está aqui a menos de 24 horas e já me odeia, é uma bela forma de fazer amigos. Bom, é uma pena, pq você ainda não viu nada do que posso fazer. – Ele sorriu presunçoso, subindo as escadas. Ouvi a porta de seu quarto batendo e um som alto invadiu meus ouvidos.

“I Need You” dos Beatles tocava em um volume extremamente alto, vindo do quarto de Yukio. Ele estava tentando me irritar, mas não vai conseguir, eu amo essa música.

Flake subiu no sofá e se deitou ao meu lado, em cima de uma almofada. Ele já se sentia em casa, como no Brasil. Acho que vai demorar um pouco para que eu me sinta totalmente em casa, não sei quanto tempo irei ficar aqui, mas pretendo voltar para o Brasil logo se não gostar daqui. Até agora, não tenho tantas reclamações, bom, até porque não estou em condições de reclamar de nada.

O clima é ótimo, a casa é linda – apesar de ser luxuosa demais – e eu tenho um quarto com banheiro, isso é incrível. Em breve as minhas aulas na escola nova começarão, e eu penso que nada pode dar errado. Não é como se na escola daqui houvesse o mesmo tipo de estudante que há nas escolas do Brasil, não é?

— Senhorita, quer seu almoço agora? – Teresa entrou na sala gritando, tampando os ouvidos por causa da música alta.

— Sim, obrigada. – Agradeci, pegando meu celular assim que Teresa saiu da sala e checando as horas nele. Doze e meia em ponto, a manhã passou tão rápido que nem me dei conta.

Levantei do sofá com o máximo de cuidado para não acordar Flake e entrei na sala de jantar. A mesa estava posta com diversos pratos estranhos, com apenas algumas comidas conhecidas por mim. Sentei em meu lugar e comecei a me servir.

— O senhor Yukio pediu seu almoço no quarto. – Teresa disse para uma das funcionárias que estava passando por ali com um espanador em mãos. Talvez seja paranóia minha, mas eu senti que ela ficou desconfortável ao se referir a Yukio como “senhor” na minha frente. — Bom almoço, senhorita. – Ela disse, se retirando da sala de jantar.

Depois do almoço, subi para o meu quarto, disposta a tomar um banho na maravilhosa banheira que havia no meu banheiro. Mas, assim que abri a porta do meu quarto, fui surpreendida por milhares de penas caindo sob minha cabeça.

— Penas? Isso é sério? – Exclamei, eu sabia que Yukio estava ali, escondido em algum lugar, dando risada da situação em que eu me encontrava.

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