Capítulo 20

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§ SEVENTH HEAVEN §

ANDREA ON


Escuto o grito agonizante de Miranda e só tenho tempo de segurá-la em meus braços.

E meu desespero se torna ainda maio quando vejo um fio de sangue escorrendo pela perna dela.

— Socoooorro.

Eu grito em pavor quando Miranda fecha os olhos.

Tudo parece um borrão assustador.

Quando me dou conta estou no meio do corredor do hospital com Chloe e Samantha ao meu lado.

Eu não posso perder Miranda. Eu não posso perder meus filhos.

— Ela tava sangrando.

Eu choro. Choro como uma criança sem me importar com nada.

— Ela vai ficar bem, Andy.

Chloe diz. Samantha também diz.

Mas minha mente não consegue trazer conforto para o meu coração.

— Vou pegar um café pra gente.

Minha melhor amiga segue pelo corredor do hospital e vejo o maldito homem que surgiu diante de Miranda.

Ele está com uma mulher que aparenta ter uns 60 anos. Parece ser a mãe dele.

No corredor estão a tal mulher, o tal Peter, o sócio de Miranda e a tal Olivia.

— Como isso pode ser verdade, Sam? Como ele voltou dos mortos?

Eu olho para a minha amiga.

— Eu não sei, Andrea. Isso é irreal demais. Minha avó católica me falava bastante sobre um caso de ressureição, mas isso faz séculos.

Olho para Samantha que está tão espantada quando eu.

— Deve ter sido apavorante demais para Miranda. — Minha amiga diz.

Nós duas olhamos discretamente para o grupinho.

— Sabe...Se aquela for a mãe, ela não me parece...

— Surpresa? Apavorada? — Sam questiona me olhando.

— Exatamente. — Afirmo. — Ela sabia.

— Concordo.— Samantha concorda comigo.

— Sam, posso te fazer uma pergunta jurídica?

— Claro que sim.

— Como fica...Como fica o estado civil da Miranda?

Pergunto preocupada com possíveis implicações.

— Depende, Andy.

— Depende de quê?

— Há diversos fatores. Se a morte foi declarada...Se existe atestado de óbito...Se a Miranda tem a certidão de óbito dele...Há diversos fatores legais.

Suspiro exausta.

— Andy, não é hora de se preocupar com isso. Miranda e os bebês precisam do seu foco.

— Eu sei, Sam. Só estou preocupada com essa...Com esse...Eu sei lá como chamar ele.

— Podemos chamar ele de Frankenstein? Eu me recuso chamar ele de jesus ou de algum personagem bíblico.

Eu rio com a minha amiga.

— Bom...Eu só...Só não quero que nada atrapalhe a minha vida com a mulher que eu amo. Eu já estava descontrolada de ciúmes com aquela mulher...Agora o marido dela volta?

Seventh HeavenOnde histórias criam vida. Descubra agora