Epílogo

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§ SEVENTH HEAVEN §


MIRANDA ON

— Viu? É a mamãe ensinando como fazer uma cesta de três pontos.

Eu "diálogo" com as minhas filhas. Estamos sentadas numa parte bem afastada da quadra. Fiz questão de vir com as gêmeas acompanhar o primeiro contato de Andrea com a nova equipe feminina. Minha esposa está exultante. Esposa. É. Sou esposa de Andrea Sachs. Há um ano somos oficialmente uma da outra. E como qualquer casamento temos nossos momentos tenso, é claro. Mas tudo se torna pequeno perto do amor imenso que sentimos uma pela outra e pelas nossas garotinhas sapecas.  E isso é imenso demais para realmente compreender. Realmente compreender no quanto a minha vida mudou em tão pouco tempo. Olhos para as minhas pequenas no carrinho duplo, usando agasalho infantil do Chicago Bulls, pares de tênis iguais os de Andrea, mas em miniaturas. Eu sorrio. Na verdade eu estou sorrindo mais do que eu achei que um dia seria capaz de sorrir. É uma montanha russa de emoção.

Andrea finaliza o treino e vem correndo para nos encontrar.

— Cadê as Priestly's mais lindas do mundo?

Escuto o "mom" e "momy" agitados e repetitivo das nossas garotas, que esticam os braços agitados para a mãe. E ela faz a festa com as filhas. É sempre uma delicia assisti-las juntas. Andrea enche as duas de mordidas e abraços.

— Olá, minha linda.

Ela fala e me dá um selinho.

— Oi, meu amor.

Devolvo o selinho.

— Não vai ser uma boa ideia você vir assistir os treinos. — Ela diz.

— Por que não? — Questiono.

— Não é nada fácil me concentrar no meu trabalho sabendo que a minha esposa deliciosa está tão perto de mim.

Ela me olha com intensidade e eu me arrepio com suas palavras e com o seu olhar. Engulo a seco e me recomponho.

— Vamos?

Pergunto e ela concorda. Pegamos nossas garotas e seguimos para o carro. Dessa vez eu assumo o volante enquanto Andrea vai no banco carona. Há algumas semanas consegui superar o meu trauma. Foi no meio de uma crise de mãe de primeira viagem. As gêmeas estavam febris e Andrea me ligou avisando que estaria levando as duas para a clínica. Foi o suficiente para me fazer sair apressada da empresa com as chaves do carro de Courtney nas mãos e no coração a certeza de que estar com as minhas filhas o mais rápido possível superaria sempre o meu trauma em dirigir. Não parei desde então.

Seguimos para a nossa casa e percebo que as luzes da casa das minhas comadres estão acesas. Ótimo.

Entramos em nossa casa e Andrea me ajuda a banhar as meninas. Alimentamos as duas e Andrea diz que vai tomar banho e finalizar alguns relatórios do primeiro treino em seguida para só então jantarmos juntas. Ela segue para o quarto do segundo andar que ela transformou em escritório.

Saio da nossa casa com as gêmeas e bato à porta de Samantha.

— Miranda? O que...

Entrego a Samantha duas bolsas infantis completas. Me abaixo e fico na altura das gêmeas.

— Olhem, meus amores. A madrinha Samantha vai deixar vocês brincarem com o priminho Christopher e depois vai colocar vocês pra dormir.

Afirmo e elas sorriem para a madrinha.

— Hoje as suas afilhadas vão dormir com vocês. Estou deixando duas com você e pretendo resgatar amanhã o mesmo número de ruivas.

Falo para Samantha que me olha com os olhos semicerrados.

Seventh HeavenOnde histórias criam vida. Descubra agora