Capítulo 3

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§ Seventh Heaven §

MIRANDA ON


Desperto muito cedo. Percebo que ainda nem amanheceu o dia direito. Tomo uma rápida ducha e saio do quarto. A quadra ainda está vazia. Resolvo acordar a professora. Pego uma bola basquete de uma caixa enorme que fica no canto da quadra e começo a batê-la no chão. Olhando diretamente para o quarto dela. Não leva mais que 10 minutos para ela surgir na porta. Ela me olha animada e vem apressada.

— Isso é tipo "sexta-feira muito louca"? Trocamos nossos espíritos durante a doses de vodca? — Ela pergunta se aproximando.

— Eu espero que não. — Jogo a bola pra ela e ela pega rapidamente.

Ela dribla a passa ao meu redor.

— Vamos lá, coisa linda. Tenta tirar a bola de mim. — Ela me provoca.

— Não conte com isso. — A respondo e cruzo os braços.

— Quê isso? —Passa por mim outra vez levemente encostando em mim, me provocando. — Que tipo de esportista é você? — Me pergunta passando a bola de uma mão para outra.

— Não adianta. Eu não sou fã em participar de esporte de contato. — Finalizo.

— Isso é lamentável. — Ela coloca a mão no peito fingindo indignação e fala olhando para mim.

Aproveito a sua distração, dou um tapa na bola e a pego. Bato duas vezes no chão e jogo para a cesta. A bola cai sem tocar no aro.

— Acho que isso foi três pontos. — Cruzo os braços e a encaro.

— Isso não aconteceu. — Ela olha pra cesta e me olha com a boca semiaberta.

— O quê? Set Shot? Fast Break ? Aconteceu sim. Joguei basquete na faculdade. Não é tão difícil assim — Falo orgulhosa.

— Quero revanche. — Ela fala pegando a bola.

— Não, obrigada. Vou sair enquanto estou ganhando — A respondo sorrindo vitoriosa.

O jovem de cabelos arrepiados se aproxima de nós e me entrega um envelope.

Abro e leio dessa vez em voz alta.

" Pescar é um passatempo muito divertido, que nos coloca em contato com a natureza. Além de relaxar é obvio. Permita-se." Joshua.


— Sério? Pescaria? — Ela fala debochando.

— Isso é brincadeira, né? — Pergunto demonstrando indignação, mas sem estar realmente indignada. — Eu não sei pescar. E tenho realmente pavor de contato com aguas turvas.

— Então espero que eles soltem alguns na piscina. — Ela me olha divertida e eu rio com seu comentário bobo.

Seguimos para perto do lago onde alguns já estavam se preparando. O instrutor nos dá algumas dicas e nos entrega as varas de pesca. Faz com que nós nos afastemos um dos outro diante do lago para que pudéssemos ter chance de pegar algum peixe.

Doce ilusão.

O instrutor se distrai com uma senhora que aparenta ter quase 100 anos. Ela não consegue sustentar o peso nem da própria bengala, quanto mais o peso de uma vara de pescar. Andrea se aproxima sutilmente de mim e senta um pouco perto.

— Já pegou quantos? — Me pergunta se divertindo.

— Um total geral de zero. — Respondo. — Não parece tão difícil, não é? — Eu a pergunto.

Seventh HeavenOnde histórias criam vida. Descubra agora