Capítulo 33

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§ SEVENTH HEAVEN §


PENÚLTIMO CAPÍTULO


ANDREA ON

Decidimos não esperar a ambulância. Sam ficou no local do acidente até a ambulância chegar. Miranda não esperaria por uma ambulância de jeito nenhum. O nosso maior medo era ela ter alguma complicação no meio da estrada. Mas o meu maior erro foi deixar a Chloe dirigir enquanto eu sigo no banco de trás com Miranda. Fico ainda mais nervosa quando percebo que ela está numa velocidade baixíssima.

— Anda logo, Chloe!

Falo entre os dentes enquanto Miranda se contorce no banco de trás do carro, segurando a minha mão com força.

— Não me estressa enquanto eu estou dirigindo, Andrea. Vai me deixar nervosa. Vai deixar a Miranda nervosa.

Minha amiga reclama.

— Oh...Oh, meu deus.

Miranda geme outra vez e eu fico aflita.

— Agora eu entendo por que você foi reprovada tantas vezes nos seus teste de direção, Chloe. Você dirige igual uma idosa com catarata.— Acuso a minha amiga.

— Para com isso. Tá deixando ela mais nervosa, sua idiota.— Chloe se defende.

— Idiota é você.— Eu rebato.— Um idoso nos ultrapassou.

— CALA A BOCAA.— Miranda grita impaciente.— Aiiiiii...Eu...Eu tenho dois seres humanos disputando para...Para saber quem vai me rasgar primeiro...Saindo de um...De um espaço muito apertado....Então...Caladaaas.

Miranda grita e nos faz calar.

— Calem-a-boca-agora ou eu mato vocês duas depois do parto.

Ela fala entre os dentes e eu arregalo os olhos pra ela.

— Anda logo ...Chloeeee.— Miranda exige.— Pisa nesse maldito acelerador antes que eu te arranque desse banco.

Ela grita com a minha amiga e finalmente vejo o carro pegar uma velocidade adequada.

A chegada ao hospital levou mais de 20 minutos na estrada com os gritos escandalosos de Miranda. Deixo Chloe no corredor e sigo com minha noiva. Meu punho está doendo horrores do tanto que ela está apertando, mas parece que é mínimo perto do que ela está sentindo. Ela é colocada na maca e corremos pelos corredores. A médica de Miranda surge já vestindo suas roupas cirúrgicas. Começa a verificar a barriga da minha noiva.

— A Miranda agora será trocada e ligaremos ela aos aparelhos. Você vai acompanhar a minha enfermeira e ela vai te ajudar, Andrea. — A médica diz verificando os sinais da minha noiva.

— Tudo bem. — Concordo.

— Andrea...— Miranda diz o meu nome num chamado sofrido.

— Ei. Calma, minha linda. Eu vou só trocar a roupa. — Afirmo e beijo a testa dela.

— Promete, Andrea?

— Eu prometo.— Eu lhe garanto.

Trocamos um selinho e deixo com a médica. Corro com a enfermeira para me preparar. Nunca troquei de roupas tão rápido na minha vida. Volto correndo para a sala de parto e vejo a médica segurando a mão de Miranda e ela com uma expressão preocupada.

Seventh HeavenOnde histórias criam vida. Descubra agora