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Fiquei petrificado por um pequeno momento e quando saí do torpor, um sorriso largo surgiu em minha face e mesmo que quisesse abraçá-lo com força, apenas me levantei do seu colo e se sentei ao seu lado, descansando minha cabeça em seu ombro.

- 'Tá' falando sério, ou...

- É difícil admitir que eu não tenho dúvidas que sou gay, como antes, então não dificulta com pergunta besta, burgayzinho. - Seu tom era, estranhamente, divertido, contrastando com seu semblante sério.

- E a Kiara?

Como se eu me importasse com aquela víbora de verdade.

- Vou deixar ela e fico com você, se quiser. - Afirmou segurando minha mão esquerda, cruzando nos dedos e conhecer a versão fofa do caipira estava me deixando fascinado.

- Me daria a honra de presenciar esse momento? - O observei pelo canto do olho e seu sorriso ladino me deixou extasiado.

Já bem animado com a possibilidade de me tornar namorado do caipira, me sentei em seu colo, ficando defronte e enlacei os braços em volta do seu pescoço, beijando a pontinha do seu nariz.

- Como você é mau, burgayzinho! - Me acusou e me puxou pra mais perto do seu corpo, de modo que o espaço entre nós dois fosse mínimo.

- Só vamos fazer safadezas quando largar a corna, digo, a Kiara e assumir relacionamento comigo, porque sou moço de família. - Então beijei o topo de sua testa, depois a bochecha e por fim, estalei meus lábios contra os seus.

- Ai, caralho, vou ter que me punhetar antes de dormir de novo?

A imagem do caipira se punhetando surgiu em minha mente. Gemi loucamente em meu íntimo.

- Te vejo mais tarde, no aniversário da vovó e estou ansioso pra ver você dispensando a magrela da sua futura ex-namoradinha na minha frente.

E com um sorriso no rosto, voltei pra o meu quarto, contando tudo a J-Hope, isso quando finalmente consegui acordar o dorminhoco do meu amigo.

[...]

- Finalmente o caipira parou de cú doce e você também, Jimin. - Hope falava enquanto descíamos as escadas, ambos observando os primeiros convidados do aniversário da vovó chegando.

- Não vejo a hora de ver a cara de tacho da Kiara, quando ele largar ela pra ficar comigo. - Estava radiante, rindo como um idiota, meu coração parecia que ia sair saltando pela boca.

- Nossa, como você é malvado, quero morrer teu amigo, poc. - Ele deu um tapinha em minhas costas e me lançou um olhar sarcástico, ambos rindo como duas hienas.

- Vou te convidar pra o nosso casamento, será o padrinho, meu amor. - Saí todo saltitante para abraçar a vovó, que falava com um dos garçons.

- Esqueci de te avisar que o...

Não me importei em ouvir o resto da frase do Hope, ao ver meu futuro namorado chegar com os pais e a futura ex-namorada e o sorriso que o caipira me deu, me deixou estático, paralisado como uma estátua.

- Jiminzito, deixa eu te apresentar, os Jeon's, querido. - A vovó me puxou pelo braço e eu fiquei pálido quando o pai de Jungkook estendeu a mão para mim.

- B-Boa noite, sr. Jeon. - Balbuciei ao apertar a mão do patriarca da família Jeon, olhando de soslaio para o caipira. - É um prazer conhecê-la. - Disse ao cumprimentar a mãe dele, tão bonita quanto o filho.

- Oi, Park! - Kiara surgiu na conversa, com aquele sorrisinho cínico, só perdia pra o meu, tão bobinha ela, nem sabia o que a aguardava.

- Kiara, eu preciso te falar que...

Jungkook começou a falar, só que um certo demônio desnecessário, veio do inferno só pra desgraçar meu momento de glória e o interrompeu:

- Amor... - Ouvir aquela voz fez meu cú trancar e quando olhei pra trás e o vi, perdi três tons da cor que não tinha. - Senti saudades. - Sem mais, ele me puxou pela cintura e me tascou um beijo na frente de todo mundo.

Continua....

𝗼 𝗰𝗮𝗶𝗽𝗶𝗿𝗮.Onde histórias criam vida. Descubra agora