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Já estava bem perto da piscina, quando alguém segurou minha mão. Pensei ser Hope, mas ao me virar, percebi que era Jisung e sabia que ele me traria mais problemas.

— Oi, Jimin! — Me cumprimentou com um beijo no rosto.

— Jisung? O que você tá fazendo aqui? — Perguntei confuso, me afastando dele o máximo que eu consegui.

— Tae me convidou, acho que ele torce pra que a gente volte. — Claro, aí ele fica com meu caipira, bem conveniente. — O que o caipira faz aqui?

— Só eu chamo ele de caipira e não vamos voltar, Jisung, acabou, sinto muito. — Aumentei algumas oitavas da voz para falar com meu ex e seu sorriso cínico me deixou ainda mais puto. — Falei bem sério, queridinho.

— Tudo bem. — E voltou a segurar minha mão, me puxando pra mais perto e já veio todo se inclinando pra cima de mim. — Eu...

— Vem aqui, comigo, Jimin. — Jungkook saiu me puxando para longe de Jisung, então entramos na sala de sauna e ele trancou a porta atrás de si.— Não quer falar que somos namorados por causa do tarado do seu amigo, ou porque ainda pensa em voltar com o ex?

Primeiro eu ignorei ele e depois cruzei os braços e só quando bem quis, respondi seu questionamento idiota:

— Até dois minutos atrás Taehyung tava sentado no teu colo, você não tem moral pra ficar irritado. — Proferi bem cínico e me aproximei da porta, mas ele estava bem em frente à maçaneta.

— Seria mais simples se você contasse que a gente tá junto. — Argumentou e por mais que soubesse que ele tinha razão, não daria esse gostinho, estava irritado e nunca raciocinava direito quando estava assim

— Você contaria pra sua mãe que estamos juntos, sabendo que vai magoar ela?

Ataquei, sabendo que atingiria seu ponto fraco e seu olhar escureceu, meu estômago se contraiu como um punho fechado e me arrependi de ter aberto a boca.

— Eu contei. — Respondeu e recostou o corpo na porta.

— Contou? — Perguntei, sem acreditar no que acabara de ouvir.

— Contei hoje cedo e ela está bem puta comigo, mas sabe o que eu respondi quando ela falou que você não serve pra mim? — Neguei com a cabeça, sem conseguir assimilar a informação direito. — Falei que eu faria qualquer coisa por você e que se ela me ama, ela vai respeitar minha orientação sexual. — Afirmou num tom tristonho e foi como levar um soco no rosto, o coração se apertou e mesmo entorpecido, me aproximei dele e o abracei.

— Com Taehyung não é tão simples. — Falei ao pé do ouvido e senti as batidas do seu coração acelerando gradativamente.

— Mentir só vai piorar tudo. — Me alertou, acariciando meus cabelos que começavam a ficar molhados de suor, tava começando a esquentar e não era só pela sauna em si. — Ele tentou me beijar duas vezes e eu nem pude dizer que tinha namorado, como se não fosse o suficiente, seu ex atacou novamente, não tenho sangue de barata, é horrível não poder demonstrar o que eu sinto por você, logo quando eu perdi o medo de me assumir gay. — Sua voz oscilava e seu semblante escurecia conforme o desenrolar da conversa.

— Combinamos que você esperaria eu contar pra ele, Jungkook. — O lembrei, segurando seu rosto entre as mãos e fiquei na ponta dos pés para beijá-lo, entretanto, ele me afastou.

— E eu não concordei. — Seu tom ríspido me deixou paralisado. — Mas quer saber, faça como você quiser, mas não reclama quando essa situação fugir do seu controle.

— Jungkook, eu...

— Não vou ficar feito criança, namorando escondido, Jimin, ou você conta, ou eu conto. — Me deu um ultimato e saiu pisando forte.

Ao sair da sala de sauna, voltei até a área as piscinas e me sentei ao lado de Hope, observando Jungkook com os pés na água e Tae do lado.

— Taehyung tá olhando pra o caipira como se ele fosse um Deus, que ridículo. — Hope resmungou. — E você parece que chupou limão.

E antes que eu pudesse responder, Taehyung chegou todo eufórico onde a gente tava, se tando ao meu lado, me molhando todo.

— Gente! Se eu beijar o Kookie, vou parecer muito atirado?

Meu sangue ferveu só com a mísera possiblidade. Nem fodendo ele ia beijar meu caipira.

— Você não pode fazer isso! — Disparei, lançando um olhar mortal para ele, que comia Jungkook com os olhos e ele estar sem a camisa, não ajudava muito.

— Posso sim, ele não tem namorado, deixa de ser invejoso Jimin, eu vi ele primeiro. — Me deu um tapa no ombro tão forte, que eu caí da espreguiçadeira.

— Não acredito que vão começar a brigar por macho. — Protestou, Hope indignado.

— Ele não está interessado em você, Tae, aceita. — Afirmei possesso, enquanto me levantava do chão.

— É o que veremos. — E no mesmo instante, Taehyung seguiu cambaleando em direção ao caipira.

Continua...

𝗼 𝗰𝗮𝗶𝗽𝗶𝗿𝗮.Onde histórias criam vida. Descubra agora