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O  C A I P I R A

Por Jungkook

Sempre quando chegava a época de férias, ficava na expectativa de rever Park Jimin, ou como carinhosamente costumava chamá-lo: "Burgayzinho", ele não sabe, mas eu tenho uma quedinha por ele e uma tara naquela bunda linda, coisa que eu nunca vou admitir, porque pra todos os sentidos, sou hetero, também nem sei se gosto de homem, ou de mulher.

Pra minha sorte, quando eu estava saindo da fazenda da vó do burgayzinho, após ir falar do gado dela está invadindo a propriedade do meu pai, quem eu encontro? Isso mesmo, Park Jimin.

Fiquei olhando ele parar o carro e descer, não perdi tempo e já fui provocá-lo.

— Não vai me cumprimentar, burgayzinho? — Provoquei sem medo do seu olhar mortal, se bem que até irritado, ele ficava fofo.

— Oi, caipira. — Me cumprimentou e seu sorriso era o mais falso do mundo, bem típico dos burgueses da cidade grande.

— O cabelo rosa fica perfeito em você. — Comentei bem desdenhoso, vendo suas bochechas ficarem vermelhas.

— Idiota.

Retrucou e saiu caminhando e como não estava satisfeito com as provocações até o momento, fui atrás dele e caí na garhalhada quando o fresco se assustou com o relincho da Espada, até cair, ele caiu.

— Que mau humor, burgayzinho. — Segui provocando ele. — Não quer montar na espada, Burgayzinho?

— Se me chamar assim de novo, te acerto uma pedra na cabeça. — Me ameaçou e percebi que ele estava mirando uma pedra em sua frente, mas não dei importância.

— Bur-gay-zinho!

Pronunciei pausadamente e foi o suficiente para que Park Jimin se abaixasse, pegasse a pedra e tacasse na minha cabeça e com o impacto. Caí literalmente da égua, ficando desacordado... Bem, foi o que ele achou.

— Puta que pariu, acho que matei o caipira. — Praguejou assustado, enquanto caminhava em minha direção.

"Ah, Park Jimin, é hoje que eu descubro se sou gay!", pensei, me fingindo de morto.

𝗼 𝗰𝗮𝗶𝗽𝗶𝗿𝗮.Onde histórias criam vida. Descubra agora