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1 ano mais tarde...

— Lee Jongsuk, o que faz aqui?

Indaguei surpreso, ao ver meu primo no hall principal da Universidade, abraçando ele em questão de segundos.

— Vim te visitar, primo, como tem passado? — Questionou, enquanto caminhávamos juntos em direção ao estacionamento da instituição.

— Muito bem. — Dei de ombros, observando o quão bonito ele estava; fazia anos que não nos víamos. — Me conte as novidades. — Pedi, assim que entramos no meu carro, dando a partida, logo após.

— Nade de novo, a França nem é tão bonita quanto dizem e você, continua namorando, ou já se cansou do Caipira? — Interrogou, precisei lutar contra a compulsão de rolar os olhos, principalmente por ele estar sorrindo.

— Só eu chamo ele assim e estamos muito bem, acho até que vamos nos casar em breve.— Murmurei convicto, rindo para minha recente boa sorte e o fato do meu primo parecer confuso com a informação, me deixou sob alerta.

— Engraçado, achei que não estavam mais juntos, acabei de ver o Jungkook com a mãe e uma mulher, almoçando em um restaurante aqui perto e pareciam bem íntimos, achei que ele tivesse tido uma recaída e cismasse em ser hetero de novo.

Meu Caipira?

Hetero?

Só podia ser uma piada, entretanto, ele não estar rindo me deixou confuso.

— Qual restaurante? — Perguntei, tentando não desconsiderar a informação, ele não tinha por que mentir pra mim.

— Não vai fazer escândalo, vai? — Neguei com a cabeça, incerto se conseguiria me controlar, ou não, ia depender de como meu namorado estaria se comportando.

Parei o carro na rua em frente ao restaurante, que meu primo disse ter visto Jungkook, e atravessei o trânsito com tanta pressa, que facilmente eu poderia ser atropelado, mas consegui chegar no restaurante, apertando os olhos ao ver meu Caipira sentado ao lado daquela mulher, em uma conversa pra lá de animada.

— Esqueceu de me convidar para o almoço, amor? — Perguntei sarcástico, pressionando seus ombros e o beijei no rosto.

— Eu...

A bruxa da mãe dele se antecipou:

— Ele não esqueceu, você não foi ou está convidado, Park Jimin, pode até ser namorado do meu filho, mas nunca entrará pra família Jeon. — Destilou seu veneno sobre mim; seus olhos pareciam duas adegas apontadas na minha direção.

— Quem é ele, sra. Jeon? — A mulher questionou, até então confusa, me olhando da cabeça aos pés.

— Alguém insignificante, querida. — Só não torci o pescoço da naja, em respeito a Jungkook, que não merecia a mãe que tinha. — Pense no que conversamos, Jungkook, estamos falando do futuro da nossa família. — Disse ao filho, deixando algo subentendido no ar.

— Não precisava daquele escândalo, Jimin, era só um almoço em família. — Jungkook me repreendeu, assim que saímos do restaurante.

— No fundo eu acho que você pensa igualzinho a sua mãe, que eu nunca vou parte da sua família, enquanto você se tornou a minha, desde que os meus pais se mudaram pra Tailândia.

Era doloroso pensar daquela forma, entretanto, era assim que eu eu me sentia em relação a ele.

— Jimin, por favor, nunca divide que eu amo você, 'tá bom?

Serpenteou os braços em volta da minha cintura e me beijou, um beijo carnal, bem diferente dos nossos beijos habituais.

Notando a estranheza do seu comportamento, me afastei e passei a encará-lo.

— Por que está falando assim, Caipira? — Indaguei apreensivo. — Aconteceu algo? — Insisti, mas ele continuou em silêncio, desviando o olhar para longe. — Me fala logo!

— Eu vou me casar, Jimin! — Pareceu cuspir essas palavras e foi minha vez de abraçá-lo, a ideia de nos casarmos, era fantástica, como um sonho prestes a se realizar.

— Ah ótimo, já estava na hora mesmo de me pedir em casamento. — Estava tão feliz, que mal conseguia acompanhar os meus pensamentos. — Cadê a aliança, Caipira?!

— Não vou me casar com você, Burgayzinho. — Proferiu, aumentando a distância entre nós dois.

— Como não, Caipira? — Questionei, franzindo o cenho em confusão. — Espera... — Aquele momento que você começa a duvidar das suas convicções e já não sabe mais de nada. — Então... Você vai se casar com quem?

— Vou me casar com, Jun Jihyun, a mulher com quem eu estava almoçando com a minha mãe. — Contou e eu senti como se o chão subisse debaixo dos meus pés.

Continua...

𝗼 𝗰𝗮𝗶𝗽𝗶𝗿𝗮.Onde histórias criam vida. Descubra agora