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— Eu não disse nada. — Desconversei, mesmo sabendo que ele insistiria no assunto.

— Falou em me deixar por não poder me dar um filho, Jimin. — Me lembrou e um arrepio gélido percorreu minha espinha ao lembrar da mãe dele me contado sobre isso.

— Eu queria poder te dar um, pra te deixar feliz, mas eu não posso. — Minha voz já estava embargada a essa altura, também não conseguia encarar ele.

— Que história mais doida, burgayzinho, claro que não pode ter filho e quem te falou que eu quero um?

Franzi o cenho pra sua pergunta e me apoiei na lateral do box, segurando em seus ombros para manter o equilíbrio.

— Eu sei que é seu sonho, sua mãe me contou. — Minha língua solta entrou em ação novamente.

— Então ela mentiu, porque meu sonho é ser veterinário e não ser pai, Jimin. — Meu queixo caiu ao ouvir isso. — Não acredito que ela fez isso comigo, só pra afastar você de mim.

— Desculpa mas a sua mãe é uma... — Puta, miserável, mentirosa, ordinária, e outros adjetivos feios que claro que eu não pronunciei em respeito a ele. — Enfim, por culpa dela eu me vi obrigado a te deixar, porque eu não suportava a ideia de te privar de um sonho. — Me justifiquei, apertando seus ombros com as pontas dos dedos. — Mas doeu tanto dizer que foi só sexo, porque não foi... — Minha voz sumiu, era horrível recordar aquele momento. — Eu gosto de você de verdade, caipira. — Assegurei o e puxei para mais perto, beijando-o brevemente.

— Porque diabos não me contou a verdade? — Sua voz estava assustadoramente alta.

— Não grita comigo. — Falei baixinho, me encolhendo todo. — Não fica bravo, por favor.

— A minha mãe vai me ouvir. — Parecia bastante irritado e não era pra menos. — Ela não tinha o direito de mentir sobre isso, nem você, e...

— Deixa pra brigar com a sua omma e comigo depois, temos coisas mais importantes pra fazer agora. — O interrompi, todo insinuante, deslizando minhas mãos pelo abdômen durinho do senpai.

— Tipo o quê? — Fez-se de desentendido, me deixando louco de tesão.

— Tipo isso.

Sedento, invadi sua boca com vontade, o beijando com pressa, certa intensidade e sua boa quantidade de desejo, aproveitando o momento pra sentir o Kookie Júnior entre os meus dedos e mesmo debaixo d'água, ele continuava quentinho e latejante.

— Senti saudades... — Confessei entre o beijo.

— Senti saudades também, burgayzinho, mas você precisa descansar, está que não se aguenta em pé. — Me frustrando, ele afastou minha mão do meu amiguinho e desligou o chuveiro.

— Seu Baby quer brincar. — Comecei a fazer manha enquanto ele procurava toalhas pra nos enxugar.

— Baixa esse fogo no teu rabo e vem, vou te colocar pra dormir. —  Então começou a tirar minhas roupas encharcadas, me enrolou numa toalha e também se despiu e se cobriu com uma toalha, me ajudando a chegar no quarto.

— Quero dormir nu, você também pode, ocupando o mesmo espaço, sacou? — E joguei a toalha pra longe, puxando a dele também.

— Você é um Baby muito safado. — Afirmou e começou a vasculhar meu closet, votando com um par de roupas. — Jimin, não dificulta, vai se resfriar se dormi nu. — Me advertiu por eu querer continuar nu e lhe fiz uma carranca.

— Não quer transar mesmo? — Questionei indignado, ao ver ele se vestindo.

— Você está bêbado, não vou me aproveitar. — Respondeu terminando de vestir minha blusa favorita e ficou lindo nela.

— Mesmo bêbado, eu quero ser fodido, não seja mau. — Insisti, me aproximando sorrateiramente e fui ignorado com sucesso. — Já vi que vou ter que dormir mesmo. — Ainda indignado, me deitei ao seu lado na cama, me aninhado ao redor do seu corpo, sentindo seus braços quentes em volta de mim. — Jungkook, você já dormiu? — Questionei após um longo tempo em silêncio.

— O que foi Jimin?

— Nada... — Fiz uma pausa, me aconchegando ainda mais no seu abraço. — Só queria dizer que eu gosto muito de você, tá?

— Eu também gosto de você, agora dorme. — Ele beijou o topo da minha testa e começou a acariciar meus cabelos até que eu dormisse bem feliz, nos braços do homem que amava.

[...]

— Dormiu bem? — Perguntou, entrando no quarto com um copo de suco na mão.

— Sim, muito bem. — Respondi me espreguiçando.

— Eu não sei cozinhar, então fiz suco de laranja pra você. — Me entregou o copo e se sentou na cama, ao meu lado.

— Que fofo. — Fiz um carinho em sua bochecha. — Levava suquinho na cama pra Kiara? — Provoquei, lembrando vagamente da víbora.

— Claro que não, a gente nunca dormiu junto. — Respondeu sem pensar muito. — Jimin, agora que você me contou o que a minha mãe fez, eu queria esclarecer as coisas entre nós dois.

— Como assim? — Arqueei as sobrancelhas pra ele, bebericando o suco que, estranhamente, estava muito bom.

— Eu não sou como os caras da cidade, não fico por ficar, entende?

— Não, explica. — Mesmo entendendo onde ele queria chegar, me fiz de bobo.

— Bem... Você gosta de mim e eu de você, né? Duas pessoas que se gostam ficam juntas, entende?

Tão fofo.

Ele estava tímido ao falar do assunto e eu já estava ficando eufórico.

— Jimin, você quer namorar comigo?

Continua...

𝗼 𝗰𝗮𝗶𝗽𝗶𝗿𝗮.Onde histórias criam vida. Descubra agora