FINAL

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— Ela vai surtar, Park Jimin. — Jun Jihyun falava, me ajudando como a dar um nó descente na gravata.

— Essa é a intenção. — Sorriu malicioso, se olhando no espelho pela décima vez no último minuto. — Vai ficar bem?

— Claro que vou e eu não preciso de um marido pra criar meu filho, posso fazer isso sozinha e desde já, você e Jungkook estão convidados pra serem os padrinhos. — Puxou o loiro para um abraço, ambos rindo ao se olharem.

— Me sinto mal por um lado e extremamente bem pelo outro, porque eu sei que Jungkook ama você e minha mulher merece isso por ter mentindo tão descaradamente. — Se pronunciou o sr. Jeon, que acabava de entrar no quarto, encarando Jimin. — Desejo toda a sorte do mundo, Jimin, você é como um filho pra mim.— Foi sua vez de abraçá-lo.

— Obrigado, sr. Jeon. — Sua voz já estava embargada, devido a emoção do momento. O apoio do pai de Jungkook era essencial pra si.

"Ao menos tinha alguém sensato naquela família", pensou, sorrindo para o senhor em sua frente.

Como o planejado, ao invés de Jun Jihyun entrar no jardim e caminhar até Jungkook, para, só então, se casarem, quem fez o trajeto, foi Jimin, deixando todos os convidados boquiabertos, tirando Hosoek e Taehyung, que sabiam de todo o plano.

— Olá, sra. Jeon, não vai cumprimentar o noivo do seu filho? — Não perdeu a chance de cutucar a cobra, olhando de relance para Jungkook, que estava rindo de nervoso.

— Que palhaçada é essa Jimin?— Quase avançou em direção ao loiro, para tirar satisfação, só não o fez, porque seu marido a interceptou. — Faça algo, querido. — Exigiu com os dentes semicerrados.

— Não deveria ter mentido e dentro de alguns dias, os papéis da separação vão chegar pra você. — Disparou contra ela, deixando a mulher mais branca que uma folha de papel.

— Separação? — Indagou, sem conseguir acreditar no que ouvira.

— O que fez não tem perdão e nesse momento só consigo sentir nojo ao olhar pra você. — Nem se importou em não parecer grosseiro, estava tão irritado com as atitudes impensadas da esposa, que tudo que sentia por ela, agora, se resumia à raiva. — Não estou doente Jungkook, muito menos falido e você ama o Jimin, então se vai se casar, que seja com ele. — Murmurou para o filho, abraçando-o fortemente. — E não ouse a dizer que não vai casá-los. — Se refereiu ao juíz, que parecia não entender o que estava acontecendo, mas perdido do que cego em tiroteio.

Irritada, a mãe de Jungkook saiu caminhando com pressa para longe do jardim, entretanto, para os que ficaram, ela não faria a mínima falta.

Todos que importavam para o casal, estavam bem ali, ao lado dos dois, dando o apoio que tanto precisavam.

— Estamos todos aqui, nessa bela tarde de domingo, para oficializar definitivamente a união de duas pessoas que se amam e querem tornar públicos vossos sentimentos perante à sociedade... — Jungkook manteve seu olhar preso ao de Jimin, enquanto o juíz discursava. O Burgayzinho sorriu para ele e Jungkook retribuiu, até que ouviu seu nome sendo pronunciado pelo juíz: — Jeon Jungkook, aceita, Park Jimin, como seu legítimo marido?

— Sim. Sim, eu aceito — Ele respondeu instantaneamente, ainda desconcertado e inalou de modo abrupto.

— Park Jimin, aceita, Jeon Jungkook, como seu legítimo marido? — Ele perguntou e, de repente, Jungkook estava apavorado pela sua resposta, embora estivesse totalmente seguro do seu amor por ele.

— Sim, eu aceito me casar com O caipira. — Jimin respondeu, deixando todos ao seu redor surpresos, até mesmo o juíz, que estava com os olhos crescidos em sua direção. — Digo, com, Jeon Jungkook. — Jimin se corrigiu com seu maravilhoso humor instigante e finalmente, ele respirou aliviado. — Não achou que eu fosse dizer, 'não', achou? —  Sussurrou e ele deteve sua vontade quase incontrolável de beijá-lo.

— Jungkook, repita comigo, enquanto coloca a aliança em Jimin. — Ele pegou a aliança da caixinha que seu pai segurava e segurou a mão esquerda de Jimin. — Eu, Jeon Jungkook...

— Eu, Jeon Jungkook, prometo te amar, te respeitar, ser sua âncora nos naufrágios das angústias, ser seu espelho quando já não se reconhecer mais, estar com você, não só nas alegrias que estão por vir, mas também, nas enfermidades que sempre chegam sem avisar, protegendo-te de todo e qualquer perigo, sendo sempre fiel a ti e aos meus sentimentos por você, até os últimos dias da minha vida. — Repetiu Jungkook, finalmente colocando a aliança no anelar esquerdo de Jimin, beijando o topo de sua testa.

— Agora, você, Jimin...

— Eu, Park Jimin, prometo te amar, te respeitar, ser sua âncora nos naufrágios das angústias, ser seu espelho quando já não se reconhecer mais, estar com você, não só, nas alegrias que estão por vir, mas também, nas enfermidades que sempre chegam sem avisar, protegendo-te de todo e qualquer perigo, sendo sempre fiel a ti e aos meus sentimentos por você, até os últimos dias da minha vida. — Foi a vez dos votos de Jimin, deixando Jungkook visivelmente emocionado, mas também a Taehyung que segurava a mão de Hoseok.

— Sendo assim, após o reconhecimento do matrimônio, diante a lei e...

— Já posso beijar meu marido? — Ansioso, o Caipira interrompeu o juíz de paz, que sorriu contidamente e assentiu com a cabeça, assinalando a sua resposta. Com o consentimento para beijá-lo, – como se isso fosse algo necessário –, ele se posicionou para o ato.

Pressionou as mãos em sua cintura e lhe aproximou ainda mais de si. Estalou os seus lábios brevemente sobre os seus e logo ouviram o som frenético de aplausos. Foram ovacionados, enquanto caminhavam pelos seus convidados, sobre uma chuva de arroz.

— Isso parece um sonho depois de tudo. — Sussurrou-lhe e o beijou na nuca brevente. — Vamos construir uma vida juntos, meu amor e eu prometo nunca te deixar, nem mesmo, se você agir como um idiota.

— Nem acredito que estamos casados. — Ele olhava fixamente para a aliança em seu anelar esquerdo. — No final, nosso amor foi mais forte até do que a mentira da minha mãe, Burgayznho. — O abraçou forte, beijando sua testa, depois sua boca. — Agora vamos pra o aeroporto, para viajar pra o Caribe e aproveitar nossa lua de mel. — Ergueu as sobrancelhas de forma graciosa e o outro começou a rir. — Um presente da minha mãe para os noivos.

— Do jeito que ela me ama, vai desejar que avião caia no oceano. — Murmurou sarcástico, enquanto entravam no carro que os levariam até o aeroporto Internacional de Busan. — Acha que seus pais vão se separar?

— Acho, também acho que meu pai está certo, dessa vez, ela foi longe demais. — Pronunciou com certa hesitação e puxou Jimin para seus braços. — Não quero falar da minha mãe, só quero pensar que somos casados e vamos viver o resto das nossas vidas juntinhos.

— Mas isso é muito tempo. — Sibilou, todo manhoso, descansando a cabeça em seu ombro.

— A eternidade é pouco tempo pra viver ao seu lado, Park Jimin, MEU MARIDO. — Fez questão de destacar as palavras finais, apertando mais o menor entre os braços.

Eu te amo, Caipira! — Disparou, de repente, arrancando um sorrisinho do rosto daquele que tanto amava.

Eu te amo mais, Burgayzinho! — Disse em reposta, erguendo a cabeça para beijá-lo.

FIM.

𝗢 𝒞𝗔𝗜𝗣𝗜𝗥𝗔.Onde histórias criam vida. Descubra agora