013

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- Por que mentiu? - J-Hope perguntou enquanto acenávamos para o casal estúpido.

- Porque quero dar uma lição naquele caipira idiota. - Argumentei, cruzando os braços e revirei os olhos ao vê-lo rindo.

- Vi bem como olhava pra ele e vice-versa, aposto que já se embaloram nesse mato. - Pronunciou com sarcasmo, sempre tão observador.

- A gente transou... - Hesitei em concluir o raciocínio, mas o fiz em seguida: - Duas vezes.

- Aquele homem na cama deve ser uma loucura. - Sua suposição fez meu sangue borbulhar, ao recordar a última vez que transamos. Aquela noite foi louca.

- É, mas além de me foder gostosinho, o filho da puta fodeu meu psicológico também e merece pagar, me ajuda?

Sabia que pedindo com jeitinho, ele não se negaria a me ajudar, não era à toa que o apelido dele era Hope e pelo sorriso que se formou em sua face, sabia que tinha seu apoio e isso era tudo que importava.

[...]

- Esse é o restaurante do meu pai. - Kiara comentou assim que adentramos ao estabelecimento, com aquele velho tom de superioridade que me dava náuseas.

- Bem bonito. - Disse J-Hope, puxando uma cadeira para mim, assim como Jungkook pra namorada.

Ele estava, ainda mais lindo naquela noite, vestido pra me matar de tesão, eu diria, cada detalhe me deixava extasiado; tão perfeito e tão idiota.

- Jimin-ssi, não vejo a hora da gente voltar pra casa, não aguento mais a seca que você me deixou. - J-Hope começou a série de provações, como ensaiamos a tarde toda, aproximando sua cadeira da minha e passou um braço em volta do meu ombro.

Jungkook se engasgou com o uísque que tomava; Kiara me encarava com um sorrisinho malicioso.

- Sempre com fogo no rabo esse meu namorado. - Segui encarando o caipira que empurrava a bochecha com a língua, me encarando de volta.

- Quem ver ele falalndo assim nem pensa que avassalador na cama. - Então Hope fez um carinho na minha mão que estava em cima da mesa, fungando no meu pescoço.

- Não diz nada, Jungkook. - Hope se dirigiu ao caipira que não tirou os olhos de mim. - Como anda a vida sexual do casal?

- A gente nunca transou, só depois do casamento. - Kiara respondeu pelo namorado, que havia emudecido, de repente.

- Não sabia que o cai... Que kookie era tão religioso, deve ser muito difícil ficar sem ter onde enfiar o pau grande que ele tem... Deve ter, imagino. - Não perdi a chance de colocar lenha na fogueira, usando de sarcasmo e vi seu semblante escurecer.

- Oh, meu bem, não seja indiscreto. - O tom falsamente constrangido de Hope quase me fez rir e a cara de tacho de Kiara não ajudava muito.

- Vou ao banheiro, volto logo. - Disse já meio tonto, depois das várias doses de uísque.

- Pode parar de me provocar, burgayzinho? - O Caipira esbravejou ao entrar no banheiro também, fechando a porta atrás de si.

Me pergunto qual foi a desculpa que ele deu pra escapar da namoradinha estúpida.

- Não sei do que está falando, caipira. - Continuei a jogar água no rosto, ignorando-o, mas a muito custo e parei de respirar quando ele me agarrou por trás, pressionando aquele pauzão onde não devia. - Me larga.

"Não larga não que tá bom assim", minha mente estava uma bagunça.

- Ele não é melhor que eu na cama com você. - Sussurrou e senti vontade de rir, o máximo que J-Hope e eu fizemos numa cama foi dormir abraçados.

- Oh, ele é, e muito melhor. - Provoquei sem dó e me faltou ar quando ele virou meu corpo para a frente e me prensou na parede gelada, ficando com os braços ao redor dos meus ombros.

- Tô com saudades...

Puta que pariu! Acho que meu plano estava começando a funcionar.

Continua...

𝗼 𝗰𝗮𝗶𝗽𝗶𝗿𝗮.Onde histórias criam vida. Descubra agora